Recebemos muitas dúvidas da nossa comunidade sobre como cuidar da pele em diferentes fases, tipos ou estado de pele. Algumas delas eram perguntas específicas sobre a pele de adolescentes: e são elas que responderemos hoje.
Se você também tem dúvidas ou tem curiosidade de saber mais sobre um determinado assunto / ingrediente / cuidado de skincare, nos escreva aqui nos comentários do blog ou nas nossas redes sociais.

Cuidados com a pele adolescente
"Essa é uma pele que está passando pela fase de transição hormonal, com o aumento das substâncias que deixarão a pele oleosa", explica a Dra Liliana Bechelli Torloni, dermatologista consultora da Sallve.
"É o momento que surgem os cravos (os primeiros a aparecer!), as inflamações, as espinhas, a dermatite seborreica. Em geral, a pele do adolescente é mista com tendência a oleosa", explica a dermatologista.
O primeiro passo na rotina de skincare, e o mais importante, é a limpeza facial - o que vale como lição pra vida toda. Higienizar a pele todos os dias é essencial para mantê-la saudável e para garantir que sua rotina de cuidados tenha uma melhor eficácia (alô Limpador Facial). A pele limpa permite uma maior penetração dos ativos cosméticos, fazendo com que o tratamento tenha resultados mais satisfatórios.
A escolha dos ingredientes
"As opções são ingredientes que atuem na renovação celular, que tenham ação antioxidante, adstringente", indica a Dra Liliana. O veículo (ou seja, as formas de diferentes estados físicos, como gel, sérum, emulsões, etc) deve sempre ser "leve e não gorduroso, como o sérum ou o gel", aponta a dermatologista.
"A compreensão dessa pele não é a idade, mas sim como ela está se comportando. Há pessoas que com 12 anos já apresentam a pele que terão com 18 anos, pois os hormônios já começaram a ter efeitos", ensina a Dra Liliana.
O que evitar?
Procurar ingredientes que não sejam comedogênicos é um adianto, já que podem causar o entupimento dos poros. Um produto é considerado comedogênico quando ele pode obstruir os poros, facilitando ainda mais o aparecimento de cravos e espinhas.
Ou seja, nada de petrolatos e óleos vegetais pesados, como o óleo de coco, que é muito comedogênico. Produtos à base de álcool, como muitos tônicos, removem óleo em excesso da sua pele e podem causar efeito rebote, gerando inflamações e até causando mais espinhas. E é exatamente o que não queremos, ainda nessa fase da vida.
Um cuidado essencial é o de não espremer as espinhas, por mais que você adore ficar na frente do espelho tratando o rosto como um campo de batalha. Quando você espreme um cravo, pode estar, na verdade, empurrando o sebo e as bactérias para o fundo do poro causando inflamação e até mesmo uma espinha. O que pode também evoluir para uma cicatriz. O ideal é que a extração seja feita por uma profissional através da limpeza de pele, para diminuir o risco de inflamações em vez de aumentar o problema.
Lavar o rosto muitas vezes na tentativa de combater a oleosidade é um mito que pega muita gente ainda. O ato pode acabar ressecando e irritando a pele. Além disso, faz com que a pele “entenda” que precisa produzir mais sebo, causado o famoso efeito rebote. Ou seja, poderá até aumentar a quantidade de cravos
É muito válido também não tocar muito o rosto, ou cuidar para que o toque com as mãos limpas.
Controlar a alimentação
Prestar atenção aos nossos hábitos alimentares é sempre positivo, mas antes de montar uma lista de restrições, vale lembrar que o ideal é sempre procurar um dermatologista para entender melhor as particularidades da sua pele.
A Dra. Paola Pomerentzaff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), já nos explicou os efeitos de alguns alimentos.
“Alimentos que levam farinha branca (carboidrato simples) ou açúcar acarretam o aumento da insulina no sangue, que, por sua vez, estimulam a produção de hormônios andróginos, que desencadeiam uma maior produção de sebo pelas glândulas sebáceas, aumentando a chance de aparecimento de cravos. Frituras e alimentos mais gordurosos, assim como o leite e seus derivados, estimulam a maior produção de gordura pelas glândulas sebáceas. O chocolate pode ser um vilão, mas não pelo seu principal ingrediente (cacau) e sim pelo açúcar, leite, e gorduras em sua composição. Então, se você for chocólatra, opte por chocolates com concentração mais alta de cacau e consuma com moderação”.