Como escolher a melhor esfoliação para a tua pele?

Como escolher a melhor esfoliação para a tua pele?

A Dra. Carla Vidal dá o caminho das pedras e ensina todas as nuances de cada escolha.

Foto: Noah Buschner/ Unsplash

Esfoliar a pele na medida certa - sem exagerar na frequência ou no uso de ferramentas - é um passo importantíssimo da nossa rotina de skincare. Antes de mais nada, é preciso conhecer nossa pele: ela é sensível? É oleosa? Por isso que falamos tanto sobre a importância de nos conhecer, de tocar nossa pele, de entender seus sinais - especialmente quando eles sinalizam uma rebelião.

Outro passo importante é escolher o esfoliante certo para você: seria o químico ou o físico? "Quando o esfoliante é químico, você não vai ver nada no produto, mas ele tem a mesma função", explica a dermatologista Dra. Carla Vidal, citando como agentes esfoliantes o ácido salicílico no sabonete ou o ácido glicólico em um tônico. O esfoliante químico promove a renovação da pele pela descamação a partir de ácidos: "Ele requer um cuidado na aplicação da pele correta. Se você tem dermatite, por exemplo, precisa ser mais cauteloso para que não haja ardência na pele", salienta a Dra. Carla Vidal.

Por sua vez, o esfoliante físico tem pequenas esferas em sua fórmula - que podem ser sementes, por exemplo, que promovem a esfoliação da pele retirando as células mortas pelo atrito, como já explicamos aqui.

É fácil, de cabeça, imaginar qual funciona melhor para cada pele, mas conversar com um dermatologista é essencial para se escolher a melhor versão para você. A pele acneica, por exemplo, tem diversas nuances. "Se ela tem muita pústula, o esfoliante químico é mais indicado. Quando a pele é acneica grau um - ou seja, só tem cravos, com aquela de textura áspera -, aí já prefiro o esfoliante físico, que vai fazer com que a pessoa depois da aplicação sinta a pele mais lisinha, quase como um pêssego", explica a Dra. Carla. A dermatologista dá ainda mais um ponto positivo para o esfoliante físico nas peles oleosas: "Como esse processo ajuda a retirar o sebo da pele, a glândula sebácea reduz de tamanho, o que por consequência reduz o tamanho dos poros".

Outro fator importante a se levar em conta quando se fala sobre esfoliação, segundo a Dra. Carla Vidal, é a associação à tudo o que você já usa na sua rotina de skincare: "Dependendo da pele, queremos um resultado maior, então teremos esfoliantes também no sabonete, no adstringente ou tônico e no creme noturno - é assim que potencializamos a esfoliação da pele. Mas é sempre importante ressaltar que cada pele é um caso, cada pele é um mundo".

Como saber quando a esfoliação está exagerada? É simples! "A pele é um órgão tão inteligente que é sensorial. Você sente. Se arder, você na hora vai saber que está fazendo algo errado, esfoliando demais. O esfoliante, tanto químico quanto físico, tem que ser prazeroso em usar. O médico nunca vai passar nada que seja irritante. Não pode ser o pior passo do seu skincare, é o contrário: tem que ser sua melhor hora". A dermatologista, que é contra o uso de ferramentas no processo de esfoliação, deixa a dica: "Sempre prefiro que minhas pacientes apliquem o esfoliante com as mãos, em movimentos circulares delicados".

A indicação é importante para nos lembrar que nossa pele não vai ser corrigida ou equilibrada de um dia para o outro. É preciso ter paciência, carinho e cuidado, tratando dela gradativamente no dia a dia: "Não precisa achar que vai tirar tudo em um dia só. Tem o dia seguinte, a semana seguinte... O objetivo não é esse. Você vai tirando e equilibrando a pele aos poucos, ao longo da semana, ao longo do mês, e com o acompanhamento da dermatologista você vai vendo onde está pecando, onde está acertando", ensina a Dra. Carla. "A pele tem que ser tratada no dia a dia, sempre com delicadeza".

A dermatologista salienta ainda que as estações do ano e o clima devem ser levados em conta quando se fala em esfoliação: "Agora estamos em uma estação mais fria, e o frio potencializa o efeito do ácido. Nessa época do ano, nunca deixo a pele ser tratada à noite só com ácido. Ou eu alterno o uso ou indico um nutritivo".

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