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Hábitos de beleza em plena pandemia: o que mudou?

Quais hábitos de beleza você tinha antes da pandemia e hoje não tem mais? E o que serão deles quando a pandemia for controlada?

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Maquiagem todos os dias para levantar o espírito ou zero maquiagem pois não há qualquer sentido em se maquiar para ficar em casa. Nail art para animar os dedos que passam o dia teclando ou unhas que não vêem esmalte ou alicate há meses: nosso relacionamento com a beleza, seja para um lado ou para outro - ou até para um meio termo -, mudou muito neste último ano. Abandonamos hábitos que até um ano atrás eram essenciais, descobrimos que um simples tubo de batom vermelho pode dar coragem para enfrentarmos mais uma maratona de reuniões em vídeo... Afinal, o que mudou nos nossos hábitos de beleza nessa pandemia?

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Foi essa a pergunta que a gente lançou para a nossa comunidade em nossas redes sociais, e ela respondeu em uníssono: o desapego à maquiagem é algo que tantos de vocês têm em comum. "Não tenho mais maquiagem nenhuma. Ficou tudo velho e fora do tom", "Parei de me maquiar com a intenção de me esconder"... Se para uns o desabafo veio com "Saudades de me maquiar toda!", para outros o momento foi de descoberta: "Não sou mais escrava da maquiagem". A base é o cosmético que mais perdeu sentido para tantos na nossa comunidade: "A cara limpa não me incomoda mais", disse Ju Moreira. "Até quando saio de casa hoje é difícil querer usar muita coisa", contou Malu Araújo.

Esse tempinho extra que ganhamos ao pular a maquiagem por completo ou apenas tantos passos, foi dedicado ao skincare: "Ganhei mais tempo para me dedicar à minha pele", contou Carol.

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Fazer as unhas também ficou em segundo plano, assim como a depilação, pintar os cabelos, alisá-los, fazer escova ou as sobrancelhas: "Libertação!" foi um brinde entre as respostas, ou "Minha sobrancelha está 100% natural, eu amo!"

"Make todo dia virou Sallve todo dia"

Brenda Mello

Se um ano em casa (ou mais em casa do que jamais estivemos) nos trouxe uma revisão forçada do nosso relacionamento com a maquiagem e nossos hábitos de beleza, como será que vai ser quando a vacina estiver sido amplamente distribuída e a pandemia estiver sobre controle? Será que, quando sair na rua não for mais uma ameaça a tantas vidas alheias, vamos querer celebrar nos jogando na maquiagem ou realmente colocando em prática essa nova versão de nós mesmos?

Jessica Richards, dona de uma multimarcas de skincare no Brooklyn, em Nova York, apostou, em uma matéria no The Business of Fashion, que esse reencontro com uma vida sem máscaras vai trazer um novo boom de vendas de maquiagem: "Todo mundo vai estar louco para usar batom".

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Outro dado que pode reforçar essa previsão é o fato das ações da Ulta Beauty, um site de venda de cosméticos, terem subido 17% desde o anúncio da vacina da Pfizer. "As ações da Ulta subiram e as da Peloton caíram. É rápido dessa forma que os hábitos das pessoas devem mudar", analisou Katie Thomas, head do Instituto de Consumo Kearney, se referindo às bicicletas ergométricas que você aluga para fazer aulas de spinning em casa e se tornaram febre em países como Inglaterra e Estados Unidos durante a quarentena. Para Katie, mais do que querer viajar, as pessoas vão primeiro se reencontrar com a beleza.

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Katie, porém, sabe que alguns hábitos de beleza podem ter mudado para sempre, como vimos tanto entre nossa comunidade. Ela afirma que hoje em dia o consumidor se informa muito mais sobre ingredientes e diminuiu a quantidade de produtos que compra: "O coronavírus permitiu uma redefinição da beleza".

O que mais chama atenção, porém, não é uma nova regra. Não é o que a gente vai deixar de comprar ou voltar a comprar. É que essa definição de beleza partiu de nós mesmos, forçados a conviver com nós mesmos por tanto tempo, a nos conhecermos ainda mais profundamente. Uma beleza redefinida pelo que a gente quer usar, uma redefinição tão individual e íntima: seja base reboco e batom cor-de-rosa ou pele limpa, só com o hidratante e filtro solar, e boca com hidratante labial. Não é poderoso?

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