Larissa Kim: "Ter a 1ª experiência de trabalho em um ambiente livre, diverso e aberto é muito bom"

Larissa Kim: "Ter a 1ª experiência de trabalho em um ambiente livre, diverso e aberto é muito bom"

Chegou o dia de conhecer melhor o trabalho de uma das estagiárias da Sallve, a Larissa Kim. Ela tem 22 anos, estuda Engenharia Química na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e é estagiária no time de CRM - Customer Relationship Management. "A Sallve é meu primeiro estágio remunerado, minha primeira experiência profissional mesmo, oficial", contou a Larissa Kim, que deve se formar no final de 2021.

Larissa Kim

Além disso, a Larissa gosta de falar sobre a sua ascendência – até antes que as pessoas perguntem ou fiquem especulando . "Meus pais são coreanos do sul, algo que também sempre me perguntam, se são do Norte ou do Sul. Eles vieram para o Brasil quando tinham entre oito e dez anos, com meus avós. Eles cresceram aqui, fizeram Ensino Fundamental, Médio e faculdade aqui no Brasil. Eu nasci aqui em São Paulo, sempre morei e faço faculdade aqui. Sou 100% paulistana, acho que mais paulistana que eu não tem!", se divertiu. Inclusive, ela fala, lê e escreve em coreano, como forma de se comunicar com os avós, que não falam português.

E sabe o que a nossa estagiária ama muito fazer? Comer e beber! "Minha mãe cozinha, a avó materna da minha mãe, minha avó materna, elas sempre cozinharam muito bem. Quando minha mãe veio para o Brasil, como veio pequena, ela incorporou com facilidade a culinária do país. A gente acabou familiarizado com diferentes tipos de comida!", disse.

Como já dissemos, a Larissa Kim adora comer, mas também beber. E o amor mesmo da estudante de Engenharia Química é a cerveja. "Gosto de falar que meu sonho de princesa é fazer minha cerveja artesanal. Tomei cerveja e gostei muito, muito, muito. E aí, sabe aquela coisa de: eu gosto dessa, mas tem uma coisinha que não me agrada. Aí, penso em fazer a minha porque vai ser tudo o que eu gosto! Esse é o meu sonho de princesa", contou.

Na área profissional, outra coisa curiosa sobre a nossa estagiária é que ela fez parte do time da empresa júnior da faculdade e foi justamente isso que abriu algumas portas pra ela chegar – em meio a pandemia do novo coronavírus – até a Sallve. Sim, senhoras e senhores, a Lari foi contratada este ano e, nas palavras dela, foi uma loucura. Conheça mais sobre o trabalho dela e também como é fazer estágio por aqui:

Com vocês, Larissa Kim!

Como você chegou na Sallve?

Minha contratação é muito louca! Adoro contar essa história, porque é muito desesperadora também. Eu já tinha saído da empresa júnior, mas a gente tem um grupo de Whatsapp. O Armando (Nader, Analista de Performance de Influência Digital da Sallve), que também fez Poli, faz parte de alguns grupos e divulgou a vaga de CRM. Li e era exatamente o que eu estava procurando em um estágio. Queria muito trabalhar em uma startup pequena, porque acho muito interessante essa horizontalidade. Queria na minha área de formação, então, cosméticos é um pouco da minha área de formação, engloba isso. E em uma área que não tinha conhecimento. Na empresa júnior, nunca tinha conseguido trabalhar com a área de vendas, comercial. Nem sabia o que era CRM quando eu entrei. Pesquisei, tive que entregar um case. Foi uma loucura entregar o case, não tinha noção do que era e fui atrás.

Me apaixonei pela Sallve quando eu vi. Os valores, os produtos, achei que realmente iam com os meus valores. A proposta da marca é algo que eu realmente acredito. Quebrar todas as regras que a sociedade impõe de que sua pele tem que ser perfeita. Principalmente, como sou coreana, tenho muito mais contato com esse tipo de "pele perfeita", rotina coreana. Quebrar tudo isso é algo que eu realmente acredito. É o viva a sua pele. Queria muito, muito trabalhar na Sallve por causa disso, porque eu realmente acreditei nos valores da empresa. Nunca tinha testado os produtos, sendo sincera, mas acreditei no que a marca queria.

Entreguei o case e me chamaram para uma entrevista em uma segunda-feira. Fiz a entrevista e na sexta-feira me chamaram para falar com a Márcia (Netto, co-fundadora e CDO da Sallve). Na quinta, falaram: não vai dar para ser na sexta, vamos fazer na segunda? Entre sexta e segunda, foi quando a pandemia foi oficializada no Brasil. As universidades falaram: vamos fechar no dia 17 de março. Pelo que entendi, na sexta que eu ia lá, foi quando a Sallve decretou fazer home office a partir de então. Foi loucura. Segunda eu estava lá e na outra segunda-feira estava falando com a Márcia, mas online.

Foi tudo uma loucura nesse meio tempo. Fiquei mais de um mês e meio sem falar com a Sallve, nem nada! Queria muito que meu primeiro estágio fosse aqui. Tanto é que fui muito louca e nem procurei outro estágio assim. Estava confiando na Sallve, várias loucuras. Deu certo! Tudo muito certo. E em junho comecei a trabalhar na Sallve como estagiária de CRM.

O que você faz na Sallve?

Tenho três pilares de trabalho. O primeiro é garantir que os e-mails sejam enviados - a nossa newsletter, os e-mails de jornada da pele, os promocionais que as pessoas se inscrevem. Começo desde fazendo o briefing de produto, o que eu quero e o que o meu time espera que tenha nesse e-mail para passar para o time de criação, que concretiza a ideia. Faço a programação do e-mail. Começa comigo e termina comigo. Faço o “depois do e-mail”. Vejo a taxa de abertura, taxa de cliques, como foi, se foi alto ou baixo, o que aconteceu nesse e-mail que ele foi bom ou ruim, se vendeu bastante. Faço análises desses e-mails, estão na minha responsabilidade, monitoro todos eles.

Trabalhamos muito juntos, eu e o time de criação. Tocamos essa bola para que o e-mail fique com a cara da comunicação da Sallve, aquele e-mail que é divertido, que a gente não vai vender falando que você precisa dele. Você nunca vai precisar do produto, você precisa se sentir bem na sua pele, a gente vai te ajudar a se descobrir, descobrir sua pele, se conhecer. A gente fala muito em não assediar nossa comunidade. Nos preocupamos com o que a comunidade pensa. A gente nunca vai passar uma mensagem que não seja construtiva para quem está lendo.

Meu segundo pilar que é o quiz da pele. O quiz é nosso principal canal de aquisição de e-mail de base. Ele é muito poderoso, porque ele é muito divertido de responder e traz um resultado muito interessante que é o que a sua pele precisa. Faço a parte de performance dele. É um canal muito importante, muito valioso, porque traz muitos dados para a gente de comportamento da nossa comunidade, hábitos, que produtos gostam, usam.

E, por último, diria que é o pilar de iniciativa, que é o que eu faço para melhorar nossos canais. Eu olho e penso: nosso e-mail não ficou bom, vamos fazer um teste se a comunidade prefere um com essa carinha ou essa carinha. Faço vários testes, tanto no quiz com no e-mail para tentar otimizar e impulsionar nossas vendas sem assediar, mas de uma forma assertiva. Para a pessoa ver se realmente precisa dos nossos produtos e comprar.

O que fazemos diferente para que as pessoas gostem do jeito como nos comunicamos?

Acho que o jeito que a gente interage com a nossa comunidade é muito único. Por exemplo, a gente sempre tenta enviar os e-mails com o nome da pessoa, mas se a gente por algum motivo não tem, sempre vai com um "meu bem". Porque é uma forma de mostrar que você se importa, sem ser totalmente informal, mas é uma aproximação carinhosa, que você se sente querido. Acho que é muito único o jeito que a Sallve tem de se aproximar da comunidade. E as mensagens que a gente traz no nosso e-mail, na newsletter, são conteúdos que realmente a comunidade quer saber. Tem toda a pesquisa das meninas de CM, que trazem conteúdos baseados nas dúvidas das pessoas, que se concretizam no blog. A gente faz uma comunicação mais específica selecionando um assunto com as matérias do blog. Tem um e-mail nosso que só traz uma mensagem para o dia. Teve uma que foi: lembre-se que sua pele é linda, algo assim. Ou: já se olhou com carinho no espelho hoje? Então, mensagens que te deixam muito bem, aquela pequena mensagem que faz diferença no seu dia. Esse tipo de comunicação amigável, pessoal, que tenta simpatizar com o outro é muito especial. Sem contar que o layout eu acho lindo!

A Sallve dosa bem esses e-mails enviados para a comunidade?

A gente está em um processo de melhorar isso, porque ainda não chegamos no nosso nível "satisfeito". E, todo mundo aqui, inclusive eu, é muito apaixonado por tudo o que faz, apaixonado pela marca. E, no meu caso, eu realmente acredito - agora que entrei aqui, posso falar - no produto que estou vendendo. É uma comunicação sincera, a gente realmente acredita e é apaixonado pelo que faz e pelos nossos produtos. Então, acho que até transparece no e-mail de tanto que a gente gosta. E a gente também fica muito feliz quando a comunidade fala dos nossos e-mails no Twitter. A gente recebe esse retorno. É muito bonitinho eles elogiando a imagem, a mensagem que veio e que fez diferença no dia dela. Teve uma vez que a gente mandou um papel de fundo no e-mail. E aí veio no Twitter que a pessoa pediu para reenviar o e-mail, porque ela tinha perdido e queria ter o papel de fundo. Esses momentos especiais a gente adora receber! A gente sente o impacto do trabalho, que você está fazendo bem para alguém.

Esse contato com a comunidade faz o seu trabalho melhor?

Com certeza! A gente está sempre muito preocupado com o que a comunidade vai pensar. A Sallve vive em função da comunidade. A comunidade fala os produtos que quer, se a comunicação está ruim. É uma via de mão dupla. A gente cresce junto. Tanto a gente quanto a comunidade. A gente ouve e faz tudo para ela. É um relacionamento muito saudável.

Como é fazer estágio na Sallve? O que você apontaria de diferente?

Acho maravilhoso, sabia? Ninguém me trata como estagiária. Aquele famoso: estagiário é burro, aquele faz tudo, o do cafezinho. Não é nada disso. Uma coisa que eu adoro e sempre falo: as pessoas são ótimas aqui, todos muito abertos a trocar ideia, te ensinar. Não tenho receio de parar uma reunião e dizer: não entendi, o que está acontecendo, me explica? Todos param, me explicam. Não tem isso de pergunta burra. Eles realmente param e explicam, porque querem que eu aprenda, evolua e me desenvolva aqui com eles. Então, é ótimo, as pessoas estão sempre abertas. Eles me passam trabalhos que são desafiadores. Mas também não só jogam em mim. Me dão todo o suporte possível. Se eu não sei fazer, eles me ajudam. Se eu faço uma proposta, eles me ouvem.

Eu tinha acabado de entrar, chamei meu líder e disse que achava que algo não estava certo, por conta disso e daquilo. Sugeri: vamos mudar para aquilo? E ele leu e aplicou. Uma das coisas que eu valorizo é ver fruto do meu trabalho, o que eu vejo com a comunidade. Com o retorno que a gente recebe. Também ser reconhecida e ouvida no meu ambiente de trabalho. Isso do meu líder ter me escutado e aplicado, das pessoas me ouvirem e me deixarem confortável para fazer qualquer pergunta na reunião, de eu ter a liberdade de ir à agenda e marcar uma reunião que as pessoas vão falar comigo. Lógico que as pessoas estão ocupadas, mas fazem questão de abrir tempo para conversar, trocar ideia e te ajudar de algum jeito. Nunca vi ninguém na Sallve, mas sei que vai ser super legal de qualquer jeito. Então, esse ambiente seguro e de troca mútua, tem muita coisa que eu sei e eles não sabem. Sou estagiária, tenho uma coisa de questionar de porque isso é assim. Eles param, me ouvem, explicam e refletem em cima da minha pergunta. É um ambiente muito saudável para todo mundo.

Tem confiança no trabalho do outro. São feedbacks sinceros, não para apontar o dedo, mas para realmente te ajudar, te falar: se você melhorar nisso, vai ser muito bom. Mas você com certeza faz isso, isso e isso muito bem. É algo muito construtivo para todo mundo. É um momento de autoconhecimento em que você confirma algumas coisas que você achava e, principalmente, coisas que você não sabia acaba descobrindo. Geralmente, são surpresas positivas. Se não for, você já desconfiava. É muito bom ter uma primeira experiência de trabalho em um ambiente tão livre, tão dinâmico, diverso, aberto, que tenho total liberdade e segurança para errar. Se você erra, tudo bem, aconteceu, mas na próxima a gente consegue. Não é: olha o que aconteceu por sua causa.

A Sallve é diversa em suas contratações e comunicação. Como você se sente em trabalhar em um ambiente com essa preocupação?

Uma coisa que eu acho muito boa disso é que não vou ser "criada" com vícios ruins. Então, acabo que eu sou empoderada e incentivada a falar, trazer meus pontos. Acho muito difícil que vá ter digamos uma "opressão", um sentimento negativo, que me deixe insegura. Esse ambiente aberto me dá muita segurança para falar o que eu penso, fazer o que acho certo. Se eu não achar certo, falar, discutir e entrar em um consenso. Sem ser só uma ordem, mas uma dinâmica, uma troca. Não ser uma coisa unilateral. É muito bom, porque se eu trocar de emprego uma vez e eu ver isso, acho que não vou aceitar.

Não vou me conformar com qualquer coisa. Se todo mundo fosse assim, cada vez mais as empresas seriam mais diversas. É o ideal, o respeito básico. Mas já uma criação de pessoas cada vez mais inconformadas com o que acontece, que querem mudar. Você está realmente "criando" a pessoa, eles estão me ajudando na minha "criação" profissional. Então, vai ser tudo pautado nessa questão de preocupação com a diversidade, preocupação com todo mundo, mesmo sendo estagiária ou sendo chefe. É não tabelar e etiquetar as pessoas pelo cargo que elas têm, idade, pela cor, gênero, orientação, qualquer coisa. É um troca em que todo mundo se ouve, como se fosse o mundo ideal.

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