Coceiras incontroláveis, vermelhidão, feridas, descamações. Esses são alguns sinais da dermatite atópica, doença que, segundo o Censo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é a 11ª doença dermatológica mais comum na população brasileira, atingido 2,4% das pessoas, considerando todas as faixas etárias.
Muita gente nem conhece, mas a dermatite atópica acaba acarretando problemas que vão além de lesões da pele, afetando diretamente a qualidade de vida dos portadores.
O que é a dermatite atópica?
A dermatite atópica é uma doença crônica, hereditária, não contagiosa, e de caráter reincidente, ou seja, há tempos de crises e melhora. “O predomínio da doença ocorre no público infantil e tende a melhorar na adolescência. Em uma frequência menor, ocorre também em adultos e, neste caso, a gravidade acaba sendo maior”, aponta a Dra. Lívia Lavagnoli, dermatologista que também sofre com dermatite atópica.
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Qualquer pessoa pode desenvolver esta doença de pele, mas o mais comum é acometer quem tem histórico familiar de doenças como asma e rinite alérgica.
"Quem tem dermatite atópica tem a barreira de proteção deficiente. Ela tem uma disrupção, não tem todos os lipídeos e componentes que são essenciais para manter essa barreira intacta. E o que isso gera? Uma pele mais seca e mais sensível", alerta ainda a Dra. Monalisa Nunes, dermatologista consultora da Sallve.
O principal sintoma é uma pele muito seca, com coceira. Há também a presença de lesões na pele, que podem ser desde pequenas feridas até grandes placas que sangram. Em adultos, é comum acontecer em mãos e pés, mas também em dobras e quaisquer outras partes do corpo.
A dermatite atópica tem cura?
Infelizmente, a dermatite atópica não tem cura, mas sim tratamento. Por isso é tão importante um dermatologista. “A boa notícia é que existe tratamento e com excelentes resultados. Esta doença é minha fonte de inspiração para eu estudar a fundo a dermatologia e me tornar dermatologista!”, contou a Dra. Lívia.
Mexe com o psicológico?
Sim e muito! Uma das queixas mais comuns de quem convive com a doença é o impacto na vida social e na qualidade de vida nos tempos de crise, que podem ser longos.
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“Quando a doença não é tratada da forma correta, o paciente acaba se afastando das pessoas e criando um isolamento social. O Transtorno Depressivo também é mais comum neste tipo de paciente, por isso a importância de um diagnóstico e tratamento corretos”, alerta a dermatologista.
Quais os cuidados?
Quem tem a doença deve tomar alguns cuidados extras quando assunto é hidratação. “Tanto via oral quanto tópica! Ou seja, beba muita água e use cremes hidratantes recomendados pelo seu dermatologista”, alerta a especialista.
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"Prefira lavar roupas, roupa de cama e banho, com sabão de côco, por ser mais neutro. Além disso, dê preferência para roupas de algodão. Evite sintéticos e roupas de lã. Banhos devem ser rápidos e em água morna. E mais e mais hidratação!", completa.
Pele seca x dermatite atópica
Mas Sallve, qual a diferença na rotina de quem tem dermatite atópica e quem tem apenas um tipo de pele seca? Bem, quem explica é a Dra. Monalisa Nunes.
"A diferença na rotina é que quem tem dermatite atópica precisa de hidratantes que vão repor a barreira (cutânea). São hidratantes um pouco mais especiais que vão ter esses componentes que ele naturalmente não produz. Quem tem a pele seca, por sua vez, pode usar diversos tipos de hidratantes, que não necessariamente tenham esses componentes, como as ceramidas, por exemplo", apontou.
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A Dra. Monalisa também explica que há alguns fatores comportamentais que são semelhantes, mas no caso de quem tem dermatite atópica, eles são estritos. "Quem tem dermatite atópica tem outras restrições. A questão da duração do banho, usar água muito quente. Quem tem a pele seca também tem a recomendação, mas não é tão restrito assim", esclareceu.
E dá para ter uma rotina de skincare?
Dá sim! Mas por se tratar de uma doença crônica, o ideal é procurar um dermatologista de confiança para entender as particularidades da sua pele.
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“Não só dá para ter uma rotina de skincare, como DEVEMOS ter! Eu mesma sou a prova viva disso! Sou médica dermatologista e portadora da dermatite atópica desde minha infância, e posso garantir que bons hábitos melhoram a qualidade de vida! Basta ter disciplina que o hábito vira rotina! Assim como escovar os dentes”, afirma a Dra. Lívia.
O que evitar?
A Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta que o ideal é evitar contato com potenciais alergenos ambientais, como poeira, pólen, sabonetes com perfume, produtos de limpeza doméstica e tabaco. Além disso, banho quentes precisam ser totalmente evitados.
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Quando o assunto são produtos cosméticos, a Dra. Lívia ainda dá o conselho: "O mais adequado é ser orientado pelo seu dermatologista para a melhor escolha de produtos. Não gaste tempo e dinheiro 'testando' produtos milagrosos. De todo jeito, evite cremes hidratantes a base de ureia."
Apesar de ser um ativo muito hidratante, a ureia pode acabar causado desconforto na pele de pacientes com dermatite atópica que apresentam lesões inflamatórias e peles sensibilizadas.
Hidratante Reparador
Como te dissemos ao longo desse texto, a dermatite atópica é uma condição crônica, que precisa ser acompanhada de perto por um dermatologista. São muitas vezes necessárias medidas específicas para deixar tudo saudável.
Mas como um dos principais cuidados com a dermatite atópica é a hidratação, o Hidratante Reparador pode ajudar. Como quem tem dermatite atópica tem a barreira de proteção deficiente, um cremão pode ser de grande ajuda.
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"O Hidratante Reparador é excelente para quem tem a pele com dermatite atópica, porque ele já devolve as ceramidas, que são um dos lipídeos que o paciente com dermatite atópica tem deficiência, e faz uma hidratação mais profunda e ainda tem agentes anti-inflamatórios que vão ajudar nessa sensibilidade da pele", explica a Dra. Monalisa Nunes.
Ele é um hidratante múltiplo, não comedogênico, que pode ser usado tanto no rosto quanto no corpo, nutrindo e acalmando peles secas e sensibilizadas, reparando danos e restaurando regiões extremamente ressecadas. Ele repara regiões ressecadas como mãos, cotovelos e pés, reduz a vermelhidão, previne o acinzentamento e descamação e deixa a pele luminosa e com toque macio.
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Sua fórmula combina ingredientes emolientes e umectantes poderosos como as ceramidas biomiméticas e o pantenol, com propriedades calmantes e que auxiliam na reconstrução e cicatrização da barreira da pele, o alfa-bisabolol com ação anti inflamatória, calmante e antioxidante, a manteiga de karité, que hidrata criando uma barreira e reduz a perda de água, e os eletrólitos, para garantir o balanço hídrico da pele.
Formulado especialmente para peles sensíveis, secas e ressecadas, mas com benefícios comprovados em todos os tipos de pele, nosso Hidratante Reparador é um cremão vegano, sem silicone, sem óleo mineral e sem crueldade.
Ureia x Hidroxyethiyl Urea
Como você deve ter notado, a Dra. Lívia sugeriu que pacientes com dermatite atópica devem evitar cremes que contenham ureia. No Hidratante Reparador encontramos um composto chamado Hidroxyethiyl Urea.
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Aqui é importante não confundir: não estamos falando do composto orgânico encontrado no suor e até na urina, que tem capacidade de transportar água no interior dos vasos sanguíneos para as células da pele. Não são o mesmo composto.
O Hidroxyethiyl Urea tem origem sintética, mas também tem ação hidratante. "Ele é um umectante, ele puxa água do ambiente, que tem a capacidade de aumentar o teor de água no estrato córneo. Ele pega essa água do ambiente e traz para sua pele", aponta Ana Sofia, especialista em Pesquisa e Desenvolvimento da Sallve.
Também aproveitamos para repetir: consultar um (a) dermatologista, é sempre a opção mais correta e saudável para cuidar da melhor forma possível da sua pele! ;)
Tem dúvidas, quer saber mais ou quer sugerir um tema? Fale com a Sallve. A gente adora trocar experiências!