A indicação é universal: se você detectar manchas na pele, procure um médico especialista. É que alterações são assunto sério e os tipos de manchas são muitos, podendo precisar de tratamento.
Manchas na pele: o que pode ser?
Manchas de pele podem indicar uma variedade de condições. Pode ser melasma, rosácea, sardas e até câncer de pele, mas também várias outras questões que só um dermatologista vai poder te indicar com certeza - sim, a variedade é enorme mesmo!
+ Como passar protetor solar (e reaplicar também)
Porém, se tem um ponto em comum é que todas se agravam com a exposição ao sol (já passou protetor solar hoje?). E isso tem muito a ver com o jeito que as manchas se formam.
Como as manchas se formam?
As manchas se formam por conta de um desequilíbrio. Um dos fatores mais comuns é a exposição solar, mas elas também podem surgir por conta de irritações, inflamações, alterações hormonais e até a genética (como as sardas, por exemplo). Também há diferentes tipos e formações de manchas, como você já sabe.
Mas como elas se formam de fato? "A formação vem de uma irritação do melanócito (células que produzem a melanina). Toda vez que o melanócito se sente ameaçado ou irritado - seja por sol excessivo, uma irritação, um arranhão, uma batida -, temos como reflexo essa produção exacerbada de melanina. É mais ou menos assim que as manchas se formam", já nos explicou a Dra. Monalisa Nunes, dermatologista consultora da Sallve.
Causas de manchas na pele
As causas também dependem de cada tipo, é claro. E, para facilitar, vamos falar um pouquinho sobre os principais tipos de manchas aqui:
Limão, exposição ao sol e melasma
Manchas na pele em tons marrons indicam alguns quadros, que podem ter tratamento e até desaparecerem com o tempo, como é o caso da fitofotodermatose. Esse nome complicado aí é super simples de entender: é a mancha do limão, que é, na verdade, uma queimadura causada por reação de um componente químico da fruta com o sol. Com o tempo, ela costuma desaparecer.
+ Afinal, como as manchas se formam?
Nessa categoria de cor, também entra a melanose, que está diretamente ligada ao sol. Costuma aparecer no dorso das mãos, colo e costas. É causada por conta do acúmulo de melanina, após a exposição excessiva ao sol. É frequentemente confundida com as manchas senis, que são amarronzadas e surgem após os 40 anos. Esse tipo pode ter a ver com a exposição excessiva a raios UV, mas também pode surgir por fatores hormonais.
Outro tipo de manchas amarronzadas é o melasma, doença crônica que causa hiperpigmentação em áreas da pele expostas ao sol. Um estudo feito pela Universidade Federal de Santa Catarina afirma que 90% dos pacientes com essa condição são mulheres. Outro ponto curioso é que ocorre, principalmente, em hispânicos, asiáticos e latino-americanos, populações que estão mais expostas a radiação UV. Só na América Latina, 10% da população sofre com o melasma.
+ Melasma: o que é, quais são as causas e os tratamentos
As causas ainda não são claras, mas pesquisas apontam fatores que podem desencadear o aparecimento de manchas, como radiação ultravioleta, terapia hormonal, genética, disfunções na tireoide, cosméticos e a gravidez. No Brasil, por exemplo, o melasma atinge 10,7% das mulheres grávidas.
As manchas de melasma não causam nenhum risco sério para a saúde do corpo, mas são incomodas e mexem com a autoestima de muita gente. Há tratamento, mas não há cura. Proteção solar de FPS 50; cremes à base de ácido glicólico, retinóico ou ácido azelaico; peelings e sessões de laser e luz pulsada podem ajudar bastante. Mas nada de sair por aí testando milagres sem conversar com um dermatologista.
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Pintas escuras ou pretas
As famosas pintinhas pretas, conhecidas pelo nome distinto de nevo, em sua grande maioria são benignas, mas não podem aumentar de tamanho ou mudar de forma. Já quando o assunto é o nevo congênito, a coisa muda completamente de figura. As pintas aparecem no nascimento ou até dois anos depois, e podem chegar a tomar até 80% da superfície corporal do indivíduo, já que cresce junto com a pessoa. O importante é consultar um médico para removê-lo o mais rápido possível.
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Câncer de pele
Se você tem uma pinta que muda de cor, tamanho e formato, o melhor é ficar alerta e procurar um dermatologista. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o Brasil registra 180 mil novos casos de câncer de pele a cada ano, representando 30% de todos os casos de câncer no país. A boa notícia é que só 3% deles são melanoma, o tipo mais agressivo, que causa cerca de 1.500 mortes ao ano.
Os outros tipos têm baixa letalidade e são conhecidos como não-melanoma. Muitas lesões cancerosas podem se assemelhar a pintas, manchas ou machucados. Os dermatologistas criaram até uma regrinha para facilitar a identificação: a "ABCDE". A de assimetria. B de bordas irregulares. C de cor, pois pintas com mais de uma cor ou pretas podem ser melanoma. D de diâmetro, já que lesões com mais de seis milímetros são sinal de perigo. E de evolução, já que é isso que chama a atenção para a pinta ser investigada.
+ Melanoma: conheça melhor esse tipo de câncer de pele
As manchas e pintas podem surgir em áreas menos visíveis, porém são mais comuns nas pernas, tronco, pescoço e cabeça. Nos estágios iniciais, afeta apenas a camada mais superficial da pele, mas pode avançar para as mais profundas e alcançar outros órgãos. Portanto, atenção!
Manchas brancas
Encontrou marcas brancas na sua pele? Podem ser pitiríase versicolo (pano branco)! É causado por um fungo e atinge mais as pessoas que têm pele oleosa. Outra possível causa para suas manchas nessa coloração é a leucodermia (sardas brancas), que costumam aparecer após os 40 anos e ocorrem por conta do dano cumulativo dos raios ultravioleta.
Essas duas condições são frequentemente confundidas com vitiligo, doença caracterizada pela perda da coloração da pele. As lesões se formam por conta da diminuição ou ausência de melanócitos, as células responsáveis pela formação da melanina.
Rosácea e outras manifestações avermelhadas
Quando o assunto são manchas vermelhas e até descamativas, duas doenças crônicas costumam vir a cabeça. A rosácea é uma doença vascular inflamatória crônica, que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. É mais frequente em mulheres de pele branca – raramente aparece na pele negra. Tem sua origem ainda desconhecida e não tem cura. A doença costuma surgir após os 40 anos, gera lesões inflamadas na região central da face (nariz, testa, bochechas e queixo), e pode ser, algumas vezes, confundida com a acne.
+ Rosácea: conheça o que pode melhorar e piorar a vermelhidão
A psoríase também pode apresentar manchas vermelhas, mas geralmente surgem com escamas secas e esbranquiçadas. A doença crônica é cíclica, com sintomas que aparecem e desaparecem. A causa é desconhecida, mas pode estar relacionada ao sistema imunológico, interações com meio ambiente e genética.
Uma causa comum para suas manchas vermelhas escamosas pode ser uma Dermatite, seja seborreica, tópica ou de contato. Outra condição é o Nevo Rubi, pintinhas que aparecem na pele e sangram quando são coçadas. Não causa problema algum e sua retirada é puramente estética.
Sardas
Conhecidas como efélides, as sardas não causam risco à saúde e costumam surgir em peles claras ou ruivas. Ninguém nasce com sardas, mas a partir dos dois ou três anos de vida podem começar a aparecer, devido ao estímulo solar.
+ O que acontece ao interromper o tratamento de manchas?
Pessoas que têm sardas apresentam um aumento no processo de formação da melanina, em regiões que são expostas ao sol com frequência, como rosto, colo e ombros. Assim, a pigmentação aumenta e causa as famosas manchinhas.
Ingredientes amigos
Você viu que as manchas podem significar uma infinidade de doenças, condições e alertas. E olha que só citamos algumas principais mesmo!
Apesar disso, se você já procurou seu dermatologista e checou tudinho sobre a origem das suas manchas ou pintas, saiba que já contamos por aqui alguns ingredientes que podem ajudar a suavizar a aparência das suas manchas.
Dermocosméticos ajudam?
Uniformizar a pele com manchas é super possível, mas a questão é: os dermocosméticos realmente podem ajudar nessa função? Bom, a gente já conversou sobre isso aqui no blog e a resposta é sim.
Mas quando falamos de manchas é bem importante procurar um dermatologista para estabelecer com precisão as causas e também ter o tratamento adequado para a condição que você tem na pele.
+ Por que o tratamento para manchas não funciona sem proteção solar?
A Paola Pomerantzeff, também membro da SBD apontou: "O risco de tentar suavizar manchas (por conta própria) é justamente o diagnóstico incorreto, e, consequentemente, seu tratamento inadequado, podendo levar à piora. Sem comentar o risco de estar com um câncer de pele e ficar tentando uniformizar com cremes. O melanoma (único câncer de pele que pode levar à metástase a distância), se diagnosticado em fase inicial, tem bom prognóstico. Já imaginou deixar um melanoma evoluir por meses por falta de diagnóstico correto e perder a chance de uma intervenção precoce e cura? Por isso, sempre que aparecer uma mancha na sua pele, procure o seu dermatologista."
Se você não tem um diagnóstico correto do que aquela mancha é, fica difícil tentar tratar.
Check-ups de pele e manchas
E é por tudo isso que check-ups de pele são importantes e não devem causar medo. "O check-up de pele não é nem um pouco invasivo", afirma a dermatologista Dra. Juliana Piquet, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
+ Check-ups de pele te dão medo? Dica: não precisa se assustar!
"Na verdade, a maior arma do dermatologista neste caso é o olho, em um exame que fazemos com o auxílio do dermatoscópio [uma lente de aumento de até 400 vezes com luz específica]. Com ele, nós observamos alguns parâmetros que têm correlação com o que a gente vê quando faz uma biópsia. Com isso, evitamos tirar sinais desnecessariamente. Mas lógico, se ainda já temos dúvidas, a gente opta por retirar e fazer uma biópsia."
Tratamentos de manchas na pele
O primeiro passo de qualquer tipo de tratamento de mancha é a proteção solar. Afinal, se o maior estímulo causador de manchas é a radiação solar, então não deve adiantar muita coisa fazer um tratamento de manchas sem "barrar" essa radiação, não é mesmo?
E o que acontece se não usarmos protetor solar? Falando sobre quadros de manchas, se você não proteger sua pele há alguns cenários possíveis, mas o tratamento não funciona de fato.
+ Manchas: para cada caso existe um tratamento específico
As manchas podem piorar e até aumentar, em alguns dos casos. "Se você não se proteger do sol, as manchas podem piorar, que é o mais comum. Elas também podem aumentar, e o tratamento sozinho não vai funcionar. Tudo depende da pele da pessoa e da intensidade que ela pega sol, etc", nos contou a Dra. Monalisa Nunes.
Para cada tipo de mancha há um tratamento específico. O do melasma, por exemplo, pode incluir cremes com ação uniformizadora associados a procedimentos feitos em consultório. Vale lembrar que há vários tipos de melasma e isso também influi no tratamento.
+ Como é o tratamento de manchas e por que é a longo prazo?
A melanose, ligada ao sol, tem como um dos tratamentos mais conhecidos o laser de luz pulsada. Enquanto isso, a rosácea depende da fase clínica de cada paciente, mas quase sempre envolve tomar medicamentos antimicrobianos e antiparasitários. Laser e luz pulsada também pode ser bons em alguns casos, além do controle de alimentação e evitar ingestão de bebidas alcoólicas.
Aqui no blog já te contamos as particularidades dos principais tipos de mancha e, se você quiser saber mais, é só clicar aqui.
Protetor solar FPS 60
Proteção solar é ainda mais essencial quando fazemos um tratamento para manchas. O Protetor Solar da Sallve FPS 60 protege sua pele diariamente com acabamento hidratante e invisível na pele. Sua fórmula única oferece uma multi defesa: além da alta proteção contra UVA/UVB (com PPD 25,5), ele também protege sua pele contra os danos da luz azul e visível, infravermelho e poluição.
Com vitamina E e carnosina, ele tem ação antioxidante, que previne os sinais do tempo, e ação antiglicante, que ajuda a preservar o colágeno da sua pele. Não-comedogênico e sem álcool, ele deixa um toque macio combinado com o viço incrível, sem esfarelar.
Super Niacinamida 20%
Um sérum de alta performance para quem busca reduzir marcas na pele e potencializar o tratamento de hiperpigmentações. Sua fórmula reúne ativos uniformizadores potentes, que além de promoverem a renovação da pele, atuam diretamente na produção de melanina, oferecendo um resultado mais rápido e eficaz. a Niacinamida 20% aliada ao peptídeo Uniformizador, ao Ácido Tranexâmico 3%, ao Ácido Mandélico e ao Ácido Kójico proporcionam uma pele muito mais uniforme em tom e textura.
Juntos, atuam para reduzir a intensidade e o tamanho de marcas na pele, além de prevenir o aparecimento de novas hiperpigmentações. tudo isso mantendo a pele macia e saudável, fortalecendo e protegendo a barreira cutânea. um tratamento uniformizador que pode ser usado 1 vez ao dia, pela manhã ou à noite.
Vale lembrar! Consultar um (a) dermatologista, é sempre a opção mais correta e saudável para cuidar da melhor forma possível da sua pele, combinado?
Alguns estudos e referências usados para este texto
Melasma: as causas, como prevenir e disfarçar manchas e os novos tratamentos
Cores e tipos de manchas na pele apontam para diferentes problemas
Melasma: O que é? - Sociedade Brasileira de Dermatologia
Evidence-Based Treatment for Melasma: Expert Opinion and a Review
Melasma and assessment of the quality of life in Brazilian women
Câncer da pele: pintas que mudam de cor, tamanho e formato são alerta