Melasma: o que é, quais são as causas e os tratamentos

Um guia para entender melhor a condição crônica, que atinge mais as mulheres

Chegou o dia de conversar sobre melasma - uma condição crônica que causa o aparecimento de manchas escuras na pele e que é muito mais comum em mulheres (para você ter uma ideia, elas representam 90% dos pacientes com esse quadro!). Antes de qualquer coisa, é importante dizer que manchas são assunto sério e o ideal é sempre procurar um dermatologista de confiança para entender tudo o que anda acontecendo com você e a sua pele, combinado?

O que é melasma?

Melasma é uma condição crônica que causa hiperpigmentação (escurecimento da pele por aumento da produção da melanina) de algumas áreas da pele expostas ao sol.

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As manchas são escuras ou acastanhadas e têm formatos irregulares, limites bem definidos e podem ser simétricas (iguais nos dois lados). O mais comum é que apareçam no rosto, principalmente nas maçãs, testa, nariz e na região do buço. Mesmo assim, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o melasma também pode ser "extrafacial", ou seja: as manchas podem aparecer em outras áreas do corpo, como braços, pescoço e colo. As manchas não causam nenhum risco sério para a saúde do corpo, mas são incômodas e mexem com a autoestima de muita gente.

Em quem é mais comum?

Como já te dissemos, o melasma é mais comum em mulheres, principalmente em idade fértil. Os homens, porém, também podem desenvolver melasma, mesmo que mais raramente, já que eles representam 10% dos casos. Ah! E as características clínicas são as mesmas.

Outro ponto interessante é que a condição é mais comum em pessoas hispânicas, asiáticas e latino-americanas, que vivem em locais que recebem radiação ultravioleta de alta intensidade.

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Quais são as causas?

A verdade é que não há uma causa claramente definida. O que se sabe até agora é que há fatores desencadeantes, como por exemplo:

  • Exposição à luz: sim, a exposição à radiação ultravioleta (olá, sol!) é apontada como um dos principais fatores, mas não está sozinha nessa. A luz visível e a radiação infravermelha também podem ser desencadeantes.
  • Alterações hormonais: uso de anticoncepcionais, terapias de reposição hormonal, alterações hormonais durante a gravidez e disfunção tireodiana, por exemplo, podem favorecer o aparecimento das manchas. No Brasil, por exemplo, o melasma atinge 10,7% das mulheres grávidas.
  • Cosméticos e medicamentos que contém agentes fototóxicos: ou seja, substâncias que tornam a pele sensível aos raios UV, por exemplo.
  • Genética: se você tem casos de melasma na família, há indícios que isso pode influenciar no aparecimento da condição.
Melasma

Tipos de melasma

A nossa pele é composta por três camadas. De baixo para cima, temos a hipoderme, um tecido subcutâneo, constituído por células adiposas, fibras de colágeno e vasos sanguíneos; a derme, que é a intermediária - e que por sua vez é dividida em outras duas camadas, a papilar e a reticular; e a epiderme, a camada mais superficial e que é dividida em cinco camadas: basal, espinhosa, granular, lúcida e córnea.

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Quando falamos em melasma, existem três principais tipos. O superficial ou epidérmico, em que as manchas ficam na camada protetora e surperficial da pele; profundo ou dérmico, que atinge a camada intermediária; e, por último, o misto, quando atinge tanto a derme quanto a epiderme.

Melasma na gestação

No Brasil, o melasma atinge 10,7% das mulheres grávidas, por influência hormonal. Há um aumento de produção de hormônios durante a gravidez que piora o melasma, como o hormônio melanocítico estimulante (que estimula a produção de melanina). Ou seja, em peles mais sensíveis a alterações hormonais e exposição solar, o melasma pode realmente se agravar.

E como é o tratamento, já que na gravidez muitos ativos não podem ou devem ser usados? "O principal é protetor solar, principalmente com pigmento para proteger da exposição solar e luz visível. Nós também podemos usar alguns ácidos, mas isso precisa ser muito bem orientado", alerta a Dra. Camila Rosa, sublinhando a importância de não prosseguir com nenhum tratamento durante a gravidez sem orientação médica.

Melasma tem cura?

Não. É uma condição crônica, portanto ainda não há cura definitiva. Mas é possível tratar e ter bons resultados.

Quais os tratamentos?

Para tratamentos, é sempre indicado procurar um dermatologista. Porém é bacana ressaltar que a SBD indica ações combinadas, que envolvem uniformizar o tom da pele, estabilizar e impedir que o pigmento volte.

"O principal pilar do tratamento do melasma é o protetor solar. A radiação ultravioleta, infravermelha e a luz azul são os principais desencadeantes da mancha. Por isso, filtros com proteção à UVA e UVB, de preferência com pigmentação, que vão agir na proteção contra a luz visível, são essenciais. Além do protetor, devemos orientar quanto ao uso de boné/ chapéu e evitar a exposição prolongada ao sol", alerta a Dra. Camila Rosa.

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A dermatologista também afirma que o tratamento também pode incluir cremes com ação de uniformização de manchas e associação de procedimentos como laser, peeling, microagulhamento, MMP (Microinfusão de Medicamentos na Pele) e intradermoterapia.

E tem mais um detalhe: lembra que falamos dos tipos de melasma? Isso também altera o tipo de tratamento. "Quanto maior o componente de pigmentos profundos, mais difícil será o tratamento. Nesses casos, o laser é o tratamento mais indicado", aponta a Dra.

Protetor solar precisa ser com cor?

“O principal cuidado para pele com melasma é uso de protetor solar, de preferência com cor, todos os dias, independentemente de estar nublado. A proteção deve ser usada mesmo em ambientes fechados, se ficar exposto à tela de computador, celular ou tablets”, ressalta logo de cara a Dra. Paola Pomerantzeff, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O melhor tipo de protetor solar para melasma é, portanto, um protetor solar com cor (média a alta cobertura), com FPS (Fator de Proteção Solar) alto. “Quanto mais alto FPS, melhor. Alguns podem dizer: ‘ah, mais acima de FPS 60 muda muito pouco’. Sim, mas qualquer pouco a mais é muito importante para quem tem melasma. Toda proteção é bem-vinda”, completa a dermatologista.

A Dra. Lilian Brasileiro emenda que o protetor ideal para melasma deve ser adequado ao seu tipo de pele e oferecer proteção de amplo espectro. E o que isso quer dizer? “Deve oferecer proteção contra radiação UVA, UVB, infravermelho e luz visível. Além disso, fórmulas enriquecidas com antioxidantes ajudam a minimizar o estresse oxidativo. A escolha de produtos dermatologicamente testados e hipoalergênicos reduz o risco de sensibilizações”.

Tem também uma outra dica: usar seu protetor solar preferido sem cor e aplicar uma camada de base ou de BB Cream, por exemplo, que tenham pigmentos como óxido de ferro na composição.

O que fazer para não agravar o quadro?

“O melasma é uma condição crônica, sem cura, mas com controle se tratado de forma adequada, com persistência. O principal fator desencadeante e de piora é a exposição solar desprotegida”, alerta a Dra. Paola Pomerantzeff, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

A Dra. Lilian Brasileiro, também membro da SBD, faz coro e ainda acrescenta outros fatores a essa lista: “o melasma é agravado por uma combinação de fatores intrínsecos e extrínsecos. A exposição desprotegida à radiação UV é o principal fator desencadeante, mas a luz visível e o infravermelho também desempenham um papel importante, especialmente em ambientes urbanos, onde a luz artificial é constante.”

O principal mesmo é não se expor diretamente ao sol e sempre usar protetor solar - lembrando de reaplicar ao longo do dia. Além disso, a Dra. Camila aponta: “Fazer acompanhamento com um médico dermatologista é fundamental. Lembrando sempre que o melasma é uma doença dermatológica, que não tem cura, e sim controle!”.

Bebida alcóolica e estresse pioram o melasma?

A resposta é sim. "Bebida alcóolica e estresse alteram a cascata de produção de melanina (olá, melanogênese), por relação com o hormônio do estresse. Ou seja, isso pode alterar a produção de pigmento e, consequentemente, piorar o melasma", alerta a Dra. Camila Rosa.

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Inclusive, durante a pandemia de Covid-19, com o estresse tão presente, é possível que isso seja um fator desencadeante para piorar as manchas de melasma: "O estresse é uma questão hormonal e oxidativa do organismo. Ele piora todas as questões", aponta ainda a especialista.

Vale lembrar aqui que não é só o melasma que pode aumentar por conta do estresse. Durante um momento de ansiedade ou estresse, há um aumento na liberação dos hormônios, adrenalina, insulina e cortisol, fazendo com que a produção das glândulas sebáceas aumente, piorando e contribuindo para o aparecimento de pústulas. Além disso, o cortisol pode aumenta as chances de inflamação, o que pode piorar o quadro de quem tem acne ou eczema, por exemplo.

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Melasma no inverno: não esqueça o filtro solar!

Economia de filtro solar é ruim para todo mundo, mas ainda mais prejudicial para quem tem melasma. A falta de protetor é justamente um dos maiores motivos para que o quadro de algumas pessoas aparente "piorar" no inverno, colaborando com o aparecimento de manchas amarronzadas.

Se por um lado o melasma pode aparentar piorar no inverno, é justamente nessa época que é um dos melhores momento para tratá-lo. "A nossa pele fica mais sensível após tratamentos com despigmentantes, peelings e lasers, e a exposição solar pode piorar essa sensibilidade e até mesmo fazer o efeito contrário ao desejado. No inverno, tanto a exposição solar quanto a radiação UV diminuem, por isso é considerada a melhor época do ano para o tratamento", explica a Dra. Cecília Studart, dermatologista do Grupo Paula Bellotti e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Os cuidados devem ser os mesmos em qualquer estação do ano: o tratamento não deve ser deixado de lado. "As vezes é necessário ajustar as medicações tópicas. A atenção deve ser redobrada! O uso do filtro solar é indispensável e, de maneira geral, deve ser reaplicado a cada duas a três horas. A proteção mecânica (uso de roupas, chapéu, guarda-sol) também contribui para a fotoproteção. Além disso, é aconselhado evitar a exposição solar nos horários de maior índice UV, entre 10 e 15h", alerta a dermatologista.

Sérum Uniformizador

Nosso Sérum Uniformizador é perfeito para quem deseja uniformizar a pele, ajudando a suavizar hiperpigmentação, já que atua diretamente no processo de melanogênese, responsável pela síntese de melanina. A fórmula conta com retinol biomimético, alfa-arbutin, nanoácido tranexâmico, niacinamida a 5%e óleo de rosa mosqueta. Além de atuar no tratamento de hiperpigmentação, também melhora a textura geral da pele e previne o envelhecimento precoce.

Ele pode beneficiar quem tem melasma? Pode, porém é bom lembrar: por ser uma condição crônica, que pode ser causada por diversos fatores (como genética e alterações hormonais), é sempre bom ter um acompanhamento médico. Como já te dissemos por aqui mais do que uma vez, mancha é coisa séria e, antes de qualquer coisa, o ideal é procurar um dermatologista para que o tratamento seja correto, saudável e eficaz, tá?

Tônico Renovador

Um outro membro da família Sallve que pode ajudar quem tem melasma é o Tônico Renovador. Mas aqui a história permanece a mesma: é uma condição crônica, portanto consulte um dermatologista antes de tomar decisões!

Na fórmula, AHA 7% (combinação dos ácidos glicólico 4%, málico 2% e lático 1%) para limpar e esfoliar a pele sem ressecar, além de hidratar controlando a oleosidade, minimizar poros e uniformizar a textura suavizando cicatrizes de acne e linhas finas. Com os Extratos de Alcaçuz, Hamamélis e Physalis, ele também é adstringente, uniformiza o tom, acalma e deixa a pele luminosa.

Quando o assunto é melasma, como o Tônico Renovador pode ajudar nas manchas? Os ácidos lático, málico e glicólico promovem a renovação celular. E é ela que, por sua vez, melhora a textura e as manchas na pele.

Quem também brilha é o extrato de Alcaçuz, que é um antioxidante poderoso, mas não só isso. Ele também remove o excesso de melanina e controla a sua produção em manchas.

A melanina é a proteína responsável por dar cor à pele e aos pelos, além de ter como função principal a defesa contra a radiação solar. Sendo que, toda vez que sofremos uma agressão à pele, há uma produção maior dela como forma de proteção.

A síntese de melanina ocorre a partir do aminoácido tirosina, catalisada pela enzima tirosinase. E é aqui que o extrato da raiz do alcaçuz entra na história! Isso porque um composto chamado isoflavona glabridin (presente no alcaçuz) diminui a síntese da produção da enzima tirosinase. Para que, dessa forma, as situações de hiperpigmentação voltem ao normal, agindo diretamente na produção de manchas. Incrível, né?

Protetor Solar Antimanchas Com Cor

Para quem tem melasma, o indicado é proteção solar com cor, como falamos ali em cima. Como melasma é uma condição crônica, o ideal é sempre consultar o seu dermatologista antes de qualquer coisa, ok?

Nosso Protetor Solar Antimanchas Com Cor tem formato prático de bastão, que protege, uniformiza e trata em uma passada. Tem alta proteção solar FPS 90 UVA/UVB PA++++, muito alta proteção contra luz visível e alta resistência à água e ao suor.

Com ácido tranexâmico e niacinamida na fórmula, conta com uma poderosa ação antimanchas, que potencializa o tratamento contra manchas solares. Disponível em 8 tonalidades, tem uma cobertura média, que permite a construção de camadas e garante uma pele uniforme, mas sem brilho excessivo.

Referências, artigos e estudos usados no texto

Melasma and assessment of the quality of life in Brazilian women*

Unmasking the causes and treatments of melasma

Clinico-epidemiological Study and Quality of Life Assessment in Melasma

MELASMA: A CLINICO-EPIDEMIOLOGICAL STUDY OF 312 CASES

Melasma - SBD

Portal do Melasma

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