Pele normal: esse tipo existe mesmo?

Pele normal: esse tipo existe mesmo?

Atenção, porque ela também precisa de cuidados especiais!

A pele normal é quase uma lenda e tem gente por aí que diz que adoraria ter esse tipo em vez das já famosas seca, oleosa e mista. Antes de qualquer coisa, a gente já dá aquela #dicaamiga: bom mesmo é se amar e conhecer bem as particularidades da sua belíssima cútis, para que esteja balanceada e bem nutrida sempre. Mas, e aí, a pele normal existe mesmo ou é um mito?

Crédito: Pexels

“É, na verdade, a mais difícil de ser encontrada. É aquela pele rosada, bem nutrida, vascularizada, com uma textura homogênea, elástica, com poros bem diminutos, quase invisíveis - como na pele seca, onde a gente não tem praticamente os poros visíveis. Porém, a pele normal tem uma hidratação diferente da seca, que por sua vez tem muita dificuldade de segurar água nas camadas dérmica e epidérmica. A normal tem um fator natural de hidratação, que a mantém o tempo todo elástica, uniforme e homogênea”, explica a Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. 

Essa “pele de bebê”, ao ser hidratada, se mantém úmida e não apresenta excesso de oleosidade. É tudo muito balanceado, na medida, sabe? Ela tem uma capacidade grande de retenção hídrica, mas não produz óleo em grande quantidade, apenas para a formação ideal da membrana hidrolipídica. 

“Uma pele normal existe desde que você considere que não é uma pele que está no momento tão oleosa ou tão ressecada. Afirmar que a pessoa tem uma pele normal a vida inteira, uma pele que independe da idade ou estado nutricional, não é correto, já que seu estado se modifica”, pondera o Dr. Alberto Cordeiro.

Crédito: Diana Simumpande/Unsplash

Cuidados especiais? 

Geneticamente falando, os especialistas apontam que é difícil de encontrar a pele normal, mas são enfáticos ao afirmarem que não dispensa cuidados, só porque é balanceada e mais fácil de ser tratada. Ela pode ser considerada por muitos a “pele perfeita”, mas segue precisando de ativos que combatam o envelhecimento precoce e os radicais livres, por exemplo. 

“Não foge à regra de cuidados. É uma pele mais fácil de ser cuidada. O/a paciente deve usar um sabonete, de preferência líquido, à base de extratos naturais. Os do tipo calmante são bem-vindos, porque é uma pele que tem uma característica genética extremamente interessante. A loção tem que ser uma loção tônica calmante e hidratante. Não há necessidade de usar uma loção adstringente, porque os poros são diminutos. Há uma lubrificação natural das glândulas sebáceas, produzindo uma membrana hidrolipídica, com formação de ômegas de boa qualidade, principalmente, o ácido linoleico”, aponta a Dra. Claudia. 

Lavar, limpar e proteger são regras importantes para todo e qualquer tipo de pele. No caso da esfoliação, uma vez por semana pode ser suficiente para a fazer a remoção das células mortas e impurezas. A hidratação pode ser feita de manhã e à noite, lembrando do diferencial sazonal, como nas outras peles. No verão, usar produtos mais leves, como séruns mais aquosos. Já no inverno, um pouco mais nutritivos, com veículos onde há fosfolipídios. Porém, o ideal é consultar um dermatologista para entender tudo o que sua pele precisa. 

Crédito: Averie Woodard/Unsplash

"Utilizar cremes que não sejam muito umectantes, para não despertar a oleosidade dessa pele, e nem loções que retirem a oleosidade da pele – alguns exemplos são soluções que possuem ácido salicílico em sua formulação. Então, indico usar produtos mais básicos para que essa pele continue equilibrada", completa o Dr. Alberto. 

Ingredientes amigos

Uma série de substâncias podem ser usadas nesse tipo de pele para realçar ainda mais sua hidratação, luminosidade, além de tratar alterações que possam surgir. Podemos usar ativos antioxidantes, como a Vitamina C e a Vitamina E, como verdadeiros protetores para a saúde dessa pele, contra os danos ambientais que possam retirar a beleza natural dessa cútis”, indica a Dra. Claudia Marçal. 

Entre os ativos hidratantes, os indicados são o ácido hialurônico e a niacinamida. Retinóis biomiméticos também são recomendados por terem efeitos menos irritantes e seguros.

“Recomendamos, de uma forma geral, que esse paciente não utilize produtos com óleo mineral, fragrâncias e parabenos para evitar possíveis alergias”, completa a especialista. 

Vale lembrar! Consultar um (a) dermatologista é sempre a opção mais correta e saudável para cuidar da melhor forma possível da sua pele! ;)

Tem alguma dica, dúvida ou sugestão? Fale com a Sallve. A gente adora trocar experiências!

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