Taynnan Almeida: "Queremos que as pessoas se enxerguem na Sallve, que se entendam e se encontrem"

Taynnan Almeida: "Queremos que as pessoas se enxerguem na Sallve, que se entendam e se encontrem"

Conheça melhor a nossa Coordenadora de Conteúdo e Comunidade, Taynnan Almeida

Hoje é dia de conhecer mais uma integrante do time da Sallve: a Taynnan Almeida, 31 anos, nossa Lead de Conteúdo e Comunidade. Sim, a responsável por coordenar todo o conteúdo orgânico e todas as redes sociais da Sallve.

A Taynnan nasceu em São Paulo, mas sempre diz que não é daqui. Ela se mudou para Recife (PE) quando tinha dez anos e teve toda sua formação e primeiras experiências profissionais por lá. "Me sinto muito mais pernambucana, nordestina, do que paulistana. Mas voltei para cá há três anos, quando tinha 28 anos", contou.

Taynnan Almeida
Taynnan Almeida

Essa pernambucana-paulistana ama ficar em casa (ou amava, antes da quarentena!), adora shows, teatro e o Carnaval, principalmente o de Olinda. "Descobri o Carnaval muito tarde, embora eu tenha vivido em Recife muito tempo, eu era de igreja e não ia. Então, descobri o Carnaval com 22 anos. Vou fazer 32, então, o Carnaval só está presente na minha vida há dez anos. Sou alucinada. Carnaval de Olinda é tudo para mim”, afirmou Tay.

Além disso, nossa Lead de Conteúdo e Comunidade é formada em Marketing e trabalha com comunicação desde sempre. E foi justamente o mercado de trabalho que chamou a Taynnan de volta para São Paulo.

"Queria trabalhar em agência. Até chegar aqui e começar a trabalhar em agência. Gosto de trabalhar, gosto de me comunicar, mas eu gosto de me dedicar ao que eu estou fazendo. Gosto de ter um sentido no que eu estou fazendo. Aí, teve um momento, trabalhando com comunicação em agência, percebi que a gente fazia jobs para entregar. E aquele ritmo de agência, né, que parecia que estava correndo atrás do próprio rabo: fazia, fazia, fazia, entregava e não fazia muito sentido as coisas. Aí, me dei uma data limite. Falei: chega, não quero mais trabalhar em agência”, explicou.

Conheça mais sobre a Taynnan Almeida e tudo que ela faz por aqui:

Como chegou na Sallve?

Ano passado, vi num grupo de publicitários negros uma matéria que a Sallve estava com vaga aberta. Eu já adorava a Sallve desde o início. Eu fui na PopUp Store como consumidora, porque eu era “petisquete”. Desde novinha, eu amava, era apaixonada pela Julia Petit. Juntei meu dinheiro do estágio por meses para comprar a coleção dela pra M.A.C., quando ela lançou.

Nunca, nem de brincadeira, pensei em trabalhar na Sallve. Eu já estava no processo de querer sair de agência, mas nunca, jamais, em tempo algum, passou pela minha cabeça. Pra mim, era uma coisa muito distante. Aí, no grupo, falaram da vaga. Abri o link e aí eu vi, li por alto, falei: ah, legal, é basicamente isso que eu faço. E aí me apliquei muito despretensiosamente. Tanto que eu nem lembrava que eu tinha me aplicado quando falaram comigo. Não lembrava mesmo!

Quando a Jessica (Gomes, Head of Creative) me mandou um email, falando: a Sallve quer conversar com você. Achei que estavam me chamando para uma Colab. Ela falou: qual dia você tem para a gente conversar? Eu falava muito da Sallve no Twitter, pensei que tinha caído no social deles, eles vão me chamar para um Colab, esse momento é meu. Achei estranho que ela queria o horário. Pensei: nossa, ela quer falar só comigo? Respondi sem prestar atenção. Falei para as minhas amigas que a Sallve tinha me chamado para uma Colab e aí depois eu fui olhar com mais atenção. Ela falou: para vaga que a gente tem. Tinha no final do email. Falei: Vaga? Vaga de que, gente?! Eu não lembrava!

Conheci a Jessica, fiz todo processo e aconteceu, no final do ano passado. Nem pensei muito. Fiquei: gente, como assim? Eu queria, aconteceu em um lugar que eu adoro, que eu acredito nas coisas que eles fazem. Achava que era uma coisa, internamente, meio elitista, que não tinha como. Nem tinha pensado na possibilidade desse espaço. Foi assim que eu cheguei na Sallve, em janeiro desse ano. Só passei dois meses e meio no escritório e depois entramos na quarentena, até sabe Deus quando!

O que você faz na Sallve?

Eu sou Lead de Conteúdo e Comunidade. Coordeno todo o conteúdo orgânico, tudo relacionado as redes sociais. Tudo o que você vê no Twitter, Instagram, TikTok, Reels, tudo é meu time que faz. E a comunidade! A qualidade nas interações com a comunidade e as conversas.
As conversas com a comunidade são o coração da nossa marca. Tudo acontece e tudo sai das conversas.

Estou ali no meio coordenando. Da porta para dentro, conto para a Sallve o que a comunidade está falando, espera, quer, quais as tendências do nosso mundo de skincare e cuidado para a pele. E, da porta para fora, conto para a comunidade tudo o que a Sallve quer contar. Tudo o que a Sallve quer conversar. O que a gente quer saber, quais os ingredientes, qual o produto a comunidade sente falta, o que eles gostam nos produtos.

Então, é sempre uma conversa, da porta para dentro e da porta para fora. E todas essas conversas precisam se entrelaçar e virar conteúdo. Conteúdo que é uma grande conversa. A gente quer que as pessoas se enxerguem na Sallve, que elas olhem e se entendam, se encontrem, que beleza é tudo, que está em todas as peles, todos os corpos, pessoas e cada uma tem a sua. Então, a gente faz esse trabalho acreditando muito nisso. Por isso que é tão importante as conversas com a comunidade e essas conversas andam muito junto tanto com conteúdo, quanto com a produção das nossas fórmulas.

Como funciona essa comunicação, essa conversa da porta para dentro?

A gente faz isso dentro dos nossos processos. Temos reuniões, por exemplo, com o time de Produto, de Criação que atua dentro de Performance, para sempre falar para eles o que a gente vai fazer em conteúdo e o que a comunidade está falando sobre isso.

Por exemplo, as pessoas pedem, desde o começo da Sallve - muito! -, o protetor solar. Pergunto qual a possibilidade, na nossa linha de produção, onde isso entra, como acontece. É possível? Não é possível? Por quê?

Protetor solar é o exemplo maior que a gente tem. Quando falaram que Protetor Solar demora, que é uma fórmula complicada, a Anvisa demora para aprovar. Então, quando eu voltava para a comunidade, tendo tantos lançamentos e as pessoas sempre me perguntando, a gente tinha uma resposta para dar. Olha, a gente vai fazer um protetor solar, mas protetor demora por isso, isso e isso. Eu pego a pergunta daqui, levo para lá, tenho uma resposta e vou fazendo esse meio de campo.

Outro exemplo, a gente faz todo o conteúdo, toda a conversa e, no final da semana, pegamos todos os insights e eu vejo que uma quantidade enorme de pessoas falando que já tem muita toalhinha, muita faixinha e aí vou atrás do time e falo: as pessoas já tem muito mimo, como a gente vai fazer para as pessoas escolherem o mimo que elas querem? Aí, vira um projeto interno, vira a escolha do mimo.

Além de co-criar, o jeito que falamos com a comunidade é muito diferente e único. Por que você acha que a gente consegue fazer com ela se sinta parte da Sallve?

Nosso time é muito diverso. Acho que a diversidade é essencial para as pessoas se reconhecerem, porque a gente mora em um país muito diverso. E não é fácil de achar um time assim.

A gente fala com todo tipo de gente, de todas as classes sociais, cores, credos, orientações sexuais, porque a gente tem isso do lado de cá. Se a gente tem isso do lado de cá, consegue conversar do lado de lá. Isso faz com que seja uma conversa muito, como a gente costuma falar, gente da gente.

Em alguns momentos, a gente até vê que isso não está acontecendo. Por exemplo, que as fotos em algum momento não estão representando tanto uma diversidade. A gente para e fala: a gente está se enxergando aqui? A gente se enxerga nesse conteúdo? Nessa foto? Nesse vídeo? Nessa conversa? Nesse IGTV? Se a gente não se enxerga, as pessoas não vão se enxergar. Então, acho que é porque tem muita verdade no que a gente faz.

Primeiro, a gente tem que entender aquilo para entender como a comunidade vai se sentir. Essa pergunta é a que norteia muito o nosso trabalho: como a comunidade vai se sentir? Se a comunidade está vendo uma pessoa que ela sempre vê em todas as marcas, não vai sentir nada. A gente tem que ir por um caminho que é óbvio, mas não é óbvio. É o caminho óbvio de fazer as pessoas se enxergarem realmente.

Quando elas olharem o conteúdo, que é quando a gente se preocupa em escolher um conteúdo de IGTV, uma pessoa que vai fazer um IGTV pra gente, queremos que nossa comunidade entenda o que essa pessoa está falando, acolha o que aquela pessoa está falando e se sinta acolhida também. Se ela está falando sobre a pele dela, sobre acne, se está dando uma dica, independente de qual o assunto, a gente sempre pensa: como a gente se sente com aquilo e como a comunidade vai se sentir? Essa é a pergunta que norteia e faz as pessoas se sentirem parte de fato.

A Sallve tem esse norte de procurar sempre o real. Você acha que tem gente que ainda tem certa estranheza ao ver essas escolhas?

Acho que as pessoas acham diferente. Olham e pensam: olha, aqui não está tudo igual. A gente ainda não está nem perto do ideal. Ainda estamos caminhando para o que a gente gostaria de ser.

Acho que as pessoas não acham que é mais do mesmo. Quando elas chegam, acham que ali tem alguma coisa diferente. Quando, na verdade, o diferente é justamente o comum, o normal. A gente quer que as pessoas olhem as fotos do Instagram da Sallve, no feed, e imaginem que estão andando na rua, encontrando todo tipo de pessoas.

Pessoas são pessoas. Acho que as pessoas acham diferente, porque elas estão acostumadas a ver tudo muito igual. A gente não queria que a gente estivesse fazendo diferente, temos o objetivo de agregar. Mas a gente sabe que é diferente, porque não é a maioria que faz isso. Ficamos felizes quando as pessoas dizem que se reconhecem, gostam, acham que se fulana está fazendo, ela também poderia estar lá. É exatamente isso: é pensar que qualquer pessoa poderia estar ali no nosso feed, falando e usando nossos produtos.

Quais pontos que você acha que fazem a gente ter uma comunicação com esse sucesso?

Acho que para fazer sucesso com a comunidade, você precisa ouvir a comunidade. É ouvir a comunidade, entender o que está acontecendo na sociedade. Olhar para o lado. É lógico que a gente tem o nicho da nossa comunidade, pessoas que se preocupam com cuidados com a pele. Mas além das pessoas que se preocupam com cuidados com a pele, o que está acontecendo no mundo de relevante? Na sociedade de relevante? Porque pensando na sociedade, nas questões da sociedade, vamos conseguir pensar nas questões das pessoas. Pensando em pessoas, vamos conseguir elaborar conversas interessantes. Conversas não só para vender, mas para entender a nossa comunidade.

É basicamente assim: quando você tem um amigo e chega o aniversário do seu amigo, você não pergunta para a pessoa o que você vai dar de presente pra ela. Você conhece aquela pessoa e fica meio que medindo ela perto do aniversário para ver o que ela quer e você surpreender. Mas isso parte muito da conversa que você já tem, da vivência que você já tem. É isso que a gente quer fazer com a nossa comunidade. No conteúdo, a gente quer oferecer o que a gente sabe que as pessoas vão se interessar, vão gostar e conversar sobre isso. E, nas fórmulas, a gente quer criar junto.

O que você gostaria que as pessoas soubessem sobre sua área, sobre o que você faz?

A gente cria muito conteúdo e paralelo a isso, a gente conversa com a comunidade. Mas o que é curioso é que, de um modo geral, essas conversas, essas interações que as marcas fazem, elas não são tão valorizadas quanto deveriam. Acho que o sucesso geral da Sallve, vem dessa valorização dessas conversas.

Por exemplo, quando acontece algum erro, alguma coisa, diz que foi o estagiário que estava conversando. Não é assim. São pessoas que estão capacitadas, que estão ali para conversar, que entendem, que estudam o comportamento do consumidor e que se preocupam em entender o que está acontecendo para tentar ajudá-las. Acho que uma curiosidade sobre Community é que as pessoas deveriam valorizar mais as conversas.

Acho que tudo isso se reflete na vida também. A gente não valoriza tanto as conversas, valorizamos quando a gente não pode mais conversar, quando a gente não tem mais a pessoa perto, mas no dia a dia vira mais do mesmo. No trabalho, também. Temos que valorizar muito a conversa com o consumidor. Isso faz toda a diferença no nosso dia a dia. Isso permeia toda nossa criação, em todos os pontos da Sallve.

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