Seguimos por aqui na nossa missão de apresentar quem são as pessoas que fazem parte da Sallve. E hoje é dia de conhecer mais uma integrante do nosso incrível time de Pesquisa e Desenvolvimento: a pesquisadora Clara Amore.
Ela é uma das integrantes do time poderoso que cria e desenvolve as fórmulas pelas quais somos todos apaixonados. Mas a responsabilidade desse time não é apenas de desenvolver produtos. O trabalho de P&D envolve várias outras frentes e a Clara vai contar um pouco mais sobre o assunto por aqui.
Quem é a Clara Amore?
Nascida em Brasília, a Clara Amore tem 29 anos e atualmente vive em São Paulo. Ela já morou em muitos lugares, inclusive no Uruguai, por cinco anos, quando ainda era adolescente.
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“Depois que voltamos, comecei a universidade. Fiz o curso de química na Universidade de Brasília. Na graduação, participei do Ciência Sem Fronteiras. Passei um ano fora, nos Estados Unidos. Lá, fiz um estágio de verão na Braskem. Foi com essa oportunidade que percebi que queria também fazer engenharia química, para aprender sobre questões industriais e ter uma visão mais macro. Na química, você desenvolve a visão micro dos processos e, na engenharia, uma visão mais macro. Voltei sabendo que eu ia fazer esse segundo curso”, conta.
Sim, a Clara é formada em Química e também em Engenharia Química! E justamente durante essa viagem para os Estados Unidos que ela descobriu um outro ponto: que queria trabalhar com cosméticos. “Isso foi em 2012. Nesta época, não tinha no Brasil a oferta de produtos para cabelo cacheado que tem hoje no mercado. Nos EUA, tem tudo de tudo, em muita quantidade, e eu fiquei fascinada. Comecei a consumir de forma bem frenética cosméticos para cabelo e comecei a pensar: quero trabalhar com isso. Voltei, me formei e aí já emendei na engenharia química”, completa.
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“Gosto muito do meu trabalho. Além de formular e desenvolver cosméticos, eu sou uma consumidora. Agora eu sou uma consumidora mais consciente, não saio comprando igual uma louca, que nem eu fazia antes. Porque, além de tudo, é impossível usar antes de vencer a validade!”, pondera.
Além do trabalho, a Clara faz yoga há anos, é muito ligada a família (mesmo que morem distantes) e tem duas grandes relações que ama: com a comida e com a terra. “Gosto muito de cozinhar e de comer. Muito mesmo! E eu tenho isso na minha família. Meus avós eram italianos, um povo que se expressa culturalmente pela comida fortemente. Uma curiosidade é que eu gosto muito de descobrir comidas novas, de diferentes países e dos diferentes estados e lugares do Brasil. Eu uso o TripAdvisor para ir marcando os restaurantes e acho que minha lista de restaurantes em São Paulo tem atualmente 170 lugares marcados.”
“Tenho uma relação, além da comida, com a terra. Quando eu terminei o curso de engenharia química em 2017, decidi que ia passar um tempo fora antes de entrar no mercado de trabalho. Passei um semestre fora fazendo trabalho voluntário em fazendas de agricultura orgânica familiar. É uma rede internacional, que reúne fazendas no mundo todo com essa proposta e aí eu decidi ir para Itália e Portugal. Passei um tempo nessas fazendas e foi incrível, porque a partir desse momento a minha visão do que é sustentabilidade na prática mudou muito. A gente fala muito de sustentabilidade, mas na prática é outra história. Na época, tinha muita dúvida se fazia isso ou não, ficar tantos meses fora, mas não me arrependo. Foi primordial”, completa.
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Depois dessa experiência rica, a Clara se mudou para o interior do Estado de São Paulo para enfrentar sua primeira oportunidade profissional, na multinacional francesa L'Occitane. “Depois, vim para Sallve em novembro do ano passado”, conta.
Clara, Sallve e pandemia
A Clara chegou por aqui no meio da pandemia, em novembro de 2020. Mas a história dela com a Sallve começou antes. “A verdade é que me acharam, entraram em contato comigo. Mas eu já conhecia a empresa! Trabalhava na L'Occitane e a parte da L'Occitane au Brésil tem produção terceirizada na Fareva, como a Sallve. Ia para lá algumas vezes, acompanhar lotes de produção da empresa. Quando você chega na recepção, os vários produtos de diferentes marcas que eles fabricam ficam expostos e eu vi os produtos da Sallve. Já tinha visto na internet, mas não tinha provado ainda. Me senti motivada a experimentar”, relembra.
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A engenheira química conta também que ficou bastante impressionada com o cartucho de papel que a Sallve usava, com bem pouco material, e isso foi algo novo para ela. O que ela não esperava é que, em abril de 2020, o RH da Sallve entraria em contato para uma vaga. Foram várias entrevistas, mas com a pandemia a vaga acabou congelada de julho a outubro. Quando ela quase não lembrava mais, fez mais duas entrevistas e hoje está por aqui, reforçando a equipe de Pesquisa e Desenvolvimento. "Já estava buscando novas oportunidades e felizmente isso se concretizou. Entrei na equipe em novembro, junto com a Ana Paula Fonseca, de Testes de Segurança e Eficácia”, lembra.
O que a Clara faz por aqui?
Bom, talvez você imagine o óbvio: que ela desenvolve as fórmulas dos produtos que tanto amamos. "Sou pesquisadora. A minha atividade principal é desenvolver fórmulas novas. Como a gente faz normalmente, em conjunto com o marketing e a comunidade, através das colabs”, explica.
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“Fazemos um brainstorming, temos muitas ideias e aí a partir daí vamos para o laboratório analisar a viabilidade, os ativos e começar a desenhar essa fórmula. Fazemos protótipos e temos uma troca bem intensa com marketing para ir aperfeiçoando essas fórmulas e chegar em algo legal para levar para a colab, para a comunidade. E é nesse processo que se aprova ou gera aprimoramentos para chegarmos no que a comunidade quer. A gente nem precisa falar nisso, né? Trabalhamos para a comunidade”, diz.
Bom, essa é a parte do desenvolvimento. Mas a nossa pesquisadora lembra que há todo um processo de trabalho sistemático, em que há um cronograma, produção de amostras para testes, testes de estabilidade, além de acompanhamento da produção de lotes na Fareva, por exemplo. “Tem uma parte bem de criação, de bancada, de realmente experimentar coisas. Mas tem uma parte de estudo, de aprofundamento, de falar com os fornecedores de matérias-primas, de estudar o material, com método científico, de publicação de artigos. O acompanhamento do cronograma e a documentação de todas as etapas é fundamental. Cada produto precisa ter suas documentações, especificações de matéria-prima. Fazemos tudo isso”, aponta.
Ativos: sustentabilidade é primordial
Fora isso, a equipe de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação segue sempre procurando aprimorar processos, crescer e se estruturar cada vez melhor. “Nosso P&D está crescendo e se estruturando para ser cada vez mais completo, para fortalecer o componente de pesquisas. Então, temos estruturado outras atividades, além desse dia a dia de desenvolvimento de fórmula. Nessa estruturação, vamos começar a olhar ainda mais para os ingredientes, para sustentabilidade dos ingredientes que usamos. Esses são os próximos capítulos, mas a gente vai expandir para outras subáreas dentro de P&D para ficar cada vez mais robusto.”
Como você sabe, nossos ativos são veganos, cruelty free e procuramos sempre fontes sustentáveis. O trabalho é desafiador, mas é algo que é primordial dentro da nossa estrutura de desenvolvimento de fórmulas e produtos.
“É uma etapa com vários detalhes. Em uma fórmula, temos várias matérias-primas. Por exemplo, temos uma matéria-prima "x". Ela não é formada apenas por uma substância, são várias substâncias. Então, temos que fazer a rastreabilidade de todos os componentes. Isso exige solicitar documentação para fornecedores, analisar, mas não só isso. Existem muitos fornecedores no mercado, muitos deles fornecem o que parece ser a mesma coisa, mas não é. Porque uma pode ser melhor do que a outra quando falamos de sustentabilidade. Uma pode ter um processo mais limpo ou pode ter um processo que fecha um ciclo e a outra não, pode ter um processo que deixa resíduos que não são legais. Então, sim, é um trabalho muito minucioso e que demanda muita atenção. E é essencial, porque é um valor fundamental para a Sallve", alerta nossa Clara.
A pesquisadora também fala que nos preocupamos em procurar ativos novos, mas também usar e trabalhar bem alguns que já conhecemos e usamos em outras fórmulas. Afinal, isso também é ser sustentável.
“Quando iniciamos um projeto novo para uma fórmula, começamos por analisar o que já temos internamente de matéria-prima, que já desenvolvemos em outros produtos. Temos muitas matérias-primas no portfólio, que podem ser utilizadas em mais de uma fórmula. Diferentes composições geram resultados e produtos distintos. A ampliação de elenco de matérias-primas tem como critério a necessidade, senão o estoque inviável e isso também não é sustentável. Então, olhamos para o que já temos para avaliar o que podemos usar, que já temos homologado. E aí, dependendo do que queremos para o produto, principalmente falando de ativos, vamos procurar um diferente, específico para alcançarmos os resultados pretendidos com o novo produto”, completa.
O que fazemos diferente por aqui?
Quando a Clara mudou de emprego e chegou aqui na Sallve, muitas coisas chamaram a atenção dela e a conquistaram para vir para cá. “Na época, antes de entrar, o que eu pensei foi que realmente queria um outro ambiente institucional. Quando me formei e fui procurar emprego, achava que seria ótimo ir para uma multinacional. Sem dúvida, foi uma ótima experiência, mas chegou um ponto que eu queria vivenciar um ambiente que me trouxesse novos desafios. Esse foi um aspecto definidor para vir para Sallve", aponta.
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Mas além disso, o que de fato conquistou a Clara foi o interesse por fazer produtos para necessidade reais, tendo essa troca direta com os consumidores, junto com a qualidade e a agilidade no desenvolvimento dos produtos. “Isso me chama muita atenção. Gosto de elaborar produtos! Gosto de ver o produto feito. Isso faz meus olhos brilharem, conseguir lançar produtos de forma mais rápida. Você tira uma ideia do papel. Começa a desenvolver e a vê pronto.”
“Fora a proposta da marca, de ter produtos úteis. Já fui uma consumidora que comprava muitos produtos e, com o tempo, com o amadurecimento, vi que não faz mais sentido essa coisa louca de consumo. A Sallve traz produtos que tem funções bem claras, que entregam resultados e alguns deles são bem multifuncionais. É muito real essa proposta de criar produtos para atender necessidades reais, porque existe uma interação muito forte e próxima com as pessoas que seriam as consumidoras. Isso é algo raríssimo nas empresas. Quando a gente cria produtos, é sempre legal para gente, mas é outro nível quando você cria um produto que as pessoas querem. Aquilo do 'não vivo sem'. É bem diferente esse propósito.”
P&D e o trabalho em time
É claro que, em um time, cada um tem sua função bem definida para que os projetos possam andar de maneira mais fluida. Porém, a Clara chama atenção que aqui na Sallve o trabalho de Pesquisa e Desenvolvimento como um time forte é essencial para os bons resultados que temos. “Quando chega um projeto, um dos integrantes da equipe vai liderar. Mas isso não exclui momentos de brainstorming com todo mundo. Trocamos muita informação e conhecimento. Temos uma troca muito forte e olha que não estamos sempre todos juntos (por conta da pandemia, a equipe está se revezando no laboratório).”
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“Acho que em muitos lugares não é assim. Essa interação não é algo fácil. As pessoas têm diferentes formas de trabalhar. Aqui, sinto que estamos trabalhando juntos mesmo. Não tem razão nenhuma para alguém competir com o outro. Não faz menor sentido. Se estiver acontecendo qualquer dificuldade com um projeto, vamos parar tudo para resolver. A entrega, no final, é do time. Isso deixa o dia a dia muito melhor. Mais produtivo, rico, mais leve. Faz muita diferença trabalhar dessa forma”, finaliza.
Os desafios para o futuro
Com o crescimento do portifólio, a Clara Amore aponta como um grande desafio manter a equipe de Pesquisa e Desenvolvimento em uma comunicação sempre muito próxima e eficiente, inclusive na relação com comunidade.
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“Quando chegam questões da comunidade sobre o produto em si, ingredientes ou fórmula, somos muito acessados para responder. Acho que um desafio é responder de maneira adequada e ágil a todos esses questionamentos, pois, algumas vezes, as respostas são mais simples, mas em outras é necessário uma pesquisa mais profunda. O objetivo é responder de maneira que realmente vá ajudar quem tem dúvida. Conforme os produtos vão crescendo, essa interação é maior. Então conseguir acompanhar tudo isso para continuar respondendo a comunidade de forma satisfatória, traduzindo nossos processos em algo prático para os consumidores. A transmissão desse conhecimento é desafiadora”, opina, por fim.