Bactérias, fungos e vírus habitam na nossa pele, sabia? São milhares deles e a função não é a de nos prejudicar. Bem pelo contrário: eles estão ali para proteger o nosso organismo contra a hipersensibilidade, o ressecamento e outras doenças de pele. São eles que formam o microbioma cutâneo.
O que é o microbioma cutâneo?
"Esse ecossistema cutâneo é formado por pequenos organismos que desenvolvem uma espécie de barreira de proteção, mantendo o pH da pele em equilíbrio e prevenindo o surgimento de germes patogênicos. Esses microrganismos são chamados de comensais, ou seja, vivem associados a outro organismo, mas sem prejudicá-lo." explica a SBDRJ - Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional Rio de Janeiro. O microbioma cutâneo é uma forte proteção para quem sofre com acne, dermatite atópica e psoríase.
A microbiota e a dermatite
Durante a 17ª edição do SBD Live, um encontro online promovido pela SBD - Sociedade Brasileira de Dermatologia - a dermatologista Clarissa Prati apontou que "durante os surtos de dermatite atópica, a diversidade bacteriana diminui e a proporção de Staphylococcus aureus aumenta. Em média, passa de 35% para 90%. É muito. Essa bactéria tem uma capacidade maior de sensibilizar a pele e isso é conhecido como a produção de superantígenos. Eles estimulam a resposta imune Th2 e outros mediadores inflamatórios, e as exotoxinas acabam por ser uma característica de determinadas cepas da Staphylococcus aureus”, destacou.
A microbiota e a acne
Quando se fala em acne e microbiota, outro estudo, conduzido em 2019, revelou que, quando no caso da acne severa, há uma menor variedade dessas bactérias na pele, mas um maior número de Enterococcus no caso de acne nas costas e estafilococos na face, enquanto nas peles sem acne, as bactérias da família Propionibacteriaceae eram predominantes. Uma curiosidade? A C. acnes, uma das bactérias responsáveis pela acne inflamatória, faz parte justamente desta família.
A conclusão do estudo? A acne tem uma relação direta com a perturbação da diversidade da microbiota da pele, mais ainda do que o excesso de C. Acnes na pele. Essa mudança geral na diversidade do microbioma afeta o pH da pele e engatilha o processo inflamatório que conhecemos.
Melaleuca: o ativo da Sallve para equilibrar o microbioma da pele
Um ótimo ativo para auxiliar no equilíbrio do microbioma da pele, especialmente a acneica, é a melaleuca, que é muito conhecida por sua função antimicrobiana de amplo espectro. "A melaleuca é um ativo que tem atividade inibidora contra microorganismos que alteram o equilíbrio natural da pele, mas não contra seus microorganismos protetores", explica Renata Ribon de Melo, do nosso time de pesquisa e desenvolvimento.
Além do nosso Sérum Antiacne, a melaleuca aparece na fórmula da Bruma Reequilibrante - uma bruma refrescante que pode ser aplicada no rosto ao longo do dia para controlar a oleosidade ou quando sua pele está abafada pela máscara facial, ajudando a evitar a maskne. Além de auxiliar no controle de oleosidade, ela também atua no controle da acne.
Fabiana Souza, do nosso time de pesquisa e desenvolvimento, apresenta a fórmula: "A Bruma Reequilibrante foi desenvolvida com uma associação de ativos como niacinamida, óleo de melaleuca, ácido salicílico e extrato de salgueiro branco que, juntos, possuem uma ação sinérgica no combate a oleosidade, tratamento da acne e balanceamento da microbiota. Assim, ela inibe o crescimento de microrganismos que alteram o equilíbrio normal da pele sem afetar a microbiota cutânea natural, restabelecendo a saúde e equilíbrio da pele".
Cuidados para um microbioma cutâneo saudável
Outros fatores podem alterar o microbioma da pele, como uma alimentação desequilibrada, a ingestão de álcool em excesso, o tabagismo, o estresse emocional e produtos agressivos de limpeza da pele. Quando o microbioma é afetado, essas bactérias boas são removidas, e no seu lugar, as bactérias e fungos “ruins” podem se instalar causando sensibilidade, ressecamento da pele, infeções e inclusive episódios de acne, dermatite atópica e psoríase.
+ 10 fatores que influenciam na saúde da nossa pele
Um banho com água quente pode ser um fator desencadeante. A Dra Camila Rosa já nos explicou que "dermatites pioram muito com água quente, pois já existe uma alteração da barreira cutânea, que se agrava com a alta temperatura da água". Portanto, banhos mornos, combinado? E claro, com um sabonete que não agrida a pele.
Outro cuidado fundamental é: pele hidratada é pele saudável. A hidratação faz com que a nossa pele se torne um habitat favorável a microrganismos bons. Uma pele que não retém ou repõe suas moléculas de água apresenta alguns problemas: “ela se torna mais sensível, suscetível a descamação e com maior sensibilidade, o que pode levar ao agravamento de doenças pré-existentes ou surgimento de lesões na pele”, alerta o dermatologista Dr. Damiê De Villa.
Para quem tem predisposição: um dermatologista pode indicar o tratamento com prebióticos (para a pele) e probióticos (para o intestino).
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