No vasto mundo de ativos cosméticos, talvez você ainda não tenha ouvido falar na papaína. Muitos de seus benefícios tem a ver com a poderosa esfoliação enzimática que ela pode fazer. Por aqui, vamos explicar direitinho o que ela é, como age e tudo o que ela pode fazer pela sua pele.
O que é a papaína
A papaína é uma enzima que degrada proteínas, ou seja, proteolítica. Ela é encontrada naturalmente no látex do mamão verde.
Populações originárias na América, África e algumas ilhas do Caribe já utilizavam o mamão verde no tratamento de ferimentos no passado, por sua ação cicatrizante.
+ Esfoliação da pele: como fazer e qual a sua importância
Porém, somente em 1879, Wurtz & Bouchut publicaram um estudo sobre o “fermento digestivo do mamão”, que ganhou o nome de papaína, que é usado até hoje.
A papaína é utilizada em diversas áreas, como alimentícia, cosmética, farmacológica, científica, etc. Mas, afinal, como a papaína pode ajudar com a pele?
Esfoliação enzimática
Na área cosmética, a papaína é utilizada como um poderoso esfoliante enzimático. E o que isso significa? Que a enzima "digere" o acúmulo de células mortas na parte mais externa da pele, conhecida também como camada córnea. Ou seja, não danifica a pele saudável que está embaixo.
+ Esfoliação e renovação celular: tem diferença?
O Dr. Alberto Cordeiro, dermatologista, já explicou por aqui sobre a ação das enzimas como renovadores celulares: "Enzimas proteolíticas vindas da natureza quebram a proteína e fazem a degradação da queratina na camada mais superficial da pele, deixando a região em que foi feita a esfoliação mais fina."
Esse tipo de esfoliação ajuda a reduzir a espessura da camada mais externa da pele. E isso é bom por quê? Bem, além de deixar a pele mais fina, uniforme, iluminada e viçosa, melhora a textura e colabora com a manutenção da hidratação. Esse tipo de esfoliação costuma ser gentil e bem tolerada por todos os tipos de pele.
Benefícios da papaína para a pele
Agora você já sabe como a papaína age na nossa pele, mas quais os benefícios desse ativo para a pele? Aqui te contamos 5 deles:
- Esfolia, estimula a renovação celular e uniformiza: com isso, deixa a pele mais viçosa, fina, e com tom e textura uniforme.
- É cicatrizante: a papaína é muito utilizada em curativos para auxiliar na cicatrização de diversas feridas, inclusive ulceradas. Isso porque ela ajuda a decompor tecidos necrosados e evita o dano ao tecido vivo e saudável da pele.
- Ajuda a desobstruir poros e evitar cravos: por sua ação de quebrar proteínas, a papaína consegue quebrar células de queratina, mantendo poros desobstruídos. E o que isso tem a ver com cravos? Quando em excesso, o acúmulo de queratina no estrato córneo (queratinização), pode causar o entupimento de poros, causando cravos.
- Auxilia no combate à acne: a acne é uma condição multifatorial. Porém, como já te dissemos, o acúmulo de queratina no estrato córneo pode entupir poros, o que leva ao aparecimento de cravos e, consequentemente, de espinhas. Ou seja, é um dos fatores que pode contribuir para o aparecimento da acne. A papaína age desobstruindo poros, contribuindo para o combate à acne.
- Pode contribuir para hidratação: um hidrolisado de papaína pode contribuir para que a pele se mantenha hidratada por mais tempo.
Limpador Enzimático
Um limpador enzimático em pó, que forma uma espuma cremosa com sensorial macio. Une limpeza e uma poderosa esfoliação enzimática em um só passo, promovendo uma renovação diária eficaz mas gentil, sem ressecar.
Com papaína e argila branca, já no primeiro uso limpa profundamente, uniformiza a textura, deixa a pele macia e viçosa e com aparência de poros reduzida. Ele também ajuda no controle da oleosidade, desobstrui poros e reduz a incidência de cravos em 7 dias.
E aí, que tal incluir o Limpador Enzimático na sua rotina?
Importante lembrar: consulte seu dermatologista, é a opção mais saudável para cuidar da melhor forma possível da sua pele! ;)
Estudos e artigos usados para esse texto
Uso da papaína nos curativos feitos pela enfermagem
A EFICÁCIA DO USO DA PAPAÍNA NO PROCESSO CICATRICIAL: REVISÃO
O uso da papaína no tratamento de feridas úlceradas e sua toxicidade