Vitiligo: o que é, quais as causas e como é o tratamento

Vitiligo: o que é, quais as causas e como é o tratamento

Muito tem se falado de vitiligo esse ano e aqui tiramos algumas dúvidas, contamos mitos e verdades. Segue o fio!

Com a entrada de Natália Deodato no BBB 22, muita gente ficou cheio de dúvidas sobre a condição de pele que atinge a participante do reality show, que é chamada vitiligo. Por aqui, vamos explicar em detalhes o que é, desvendar alguns mitos e verdades e tirar algumas dúvidas.

Antes de mais nada, vale sempre vale lembrar dois pontos. O primeiro é: tem dúvidas de que está com vitiligo? Procure um dermatologista. É ele que vai te ajudar a entender o que acontece com a sua pele e saber te passar os tratamentos adequados.

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O segundo é: como você já deve saber, representatividade importa e a doença ainda enfrenta muitos tabus na sociedade. Além da Natália, do BBB 22, há vários influenciadores que falam sobre o assunto e derrubam estigmas sobre a condição, como @lisebia, @make.upvitiligo, @diegokydo, @goncalves_sam, entre outros. Se informe!

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O que é vitiligo?

O vitiligo é uma doença e sua principal característica é a perda de coloração da pele. O que acontece é que, nos locais afetados, há diminuição ou ausência de melanócitos (que são os responsáveis pela formação da melanina, o pigmento que dá cor à nossa pele). Por isso, há hipopigmentação, as famosas manchas brancas de tamanhos variáveis que aparecem na pele de quem tem vitiligo.

O que causa?

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o vitiligo não tem causas 100% estabelecidas, mas estima-se que vários fatores podem desencadear ou agravar, como doenças autoimunes e traumas emocionais. Há diversas teorias.

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"É multifatorial: há uma tendência genética precipitada por um gatilho que desencadeia a resposta inflamatória citotóxica ao melanócito", aponta o Dr. Daniel Cassiano, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

"O vitiligo pode estar associado a outras doenças autoimunes como hipotiroidismo de hashimoto, anemia perniciosa e diabetes. Mas ter vitiligo não provoca outras doenças sistêmicas", explica ainda o Dr. Daniel.

Crises de estresse podem agravar o vitiligo?

Sim! Como já dissemos, alguns fatores podem desencadear ou agravar o quadro de vitiligo, inclusive fatores emocionais. "O estresse pode ser gatilho para abrir um quadro de vitiligo e também um fator de piora das manchas já existentes", confirma o especialista.

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Vitiligo pega?

Um ponto essencial aqui: além de não trazer problemas para saúde física, o vitiligo não é contagioso.

Tem sintomas além das manchas brancas?

A maioria das pessoas que têm vitiligo não tem sintomas além das manchas brancas. Porém, segundo a SBD, alguns pacientes dizem ter sensibilidade e dor nas áreas afetadas.

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"Na maioria das vezes as manchas são assintomáticas. Alguns pacientes, principalmente naquelas lesões em evolução, também referem prurido (coceira)", diz o médico.

Há diferentes tipos de vitiligo?

Há dois principais tipos de vitiligo, o segmentar/unilateral ou o não segmentar/bilateral. O primeiro acomete apenas uma parte do corpo e acontece, geralmente, quando o paciente é mais novo. Além disso, os cabelos e os pelos podem perder a cor.

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Já o segundo, o mais comum, acomete os dois lados do corpo (duas mãos, dois pés, dois joelhos, por exemplo). A SBD alerta que ele costuma surgir primeiro nas extremidades, como boca, nariz, pés e mãos. Outro ponto importante é que nesse tipo há ciclos em que a doença se desenvolve, passa por um período de estagnação ou regride. Os ciclos acontecem durante toda a vida.

Pode surgir de um dia para o outro?

Dona Sallve, a pessoa dormir sem a condição e acordar com as manchas branca? Bem, a resposta é sim! Quem explica é o Dr. Daniel Cassiano:

"A citotoxidade do melanócito é rápida, interrompendo a produção de melanina, o que resulta no aparecimento das manchas de um dia para o outro."

Sempre começa na infância?

Nem sempre. "O vitiligo é uma leucodermia adquirida que acomete 1% da população. Pode acometer homens e mulheres, de todas as raças e faixas etárias", alerta o dermatologista.

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Quem tem vitiligo pode ter mais tendência a ter câncer de pele?

Sim, há um risco maior. Lembra que te dissemos que, quem tem vitiligo, tem uma diminuição ou ausência de melanócito? Pois bem!

"As manchas brancas do vitiligo não têm melanócitos, logo não tem melanina. A melanina protege nossa pele dos danos causados pela radiação UV. Logo, essa pele apresenta risco maior de desenvolver câncer de pele", diz o Dr. Daniel.

Ou seja, para quem tem vitiligo, um dos principais cuidados é sempre usar protetor solar.

Quem tem vitiligo pode ter rotina de skincare?

Pode ser que sim, mas o ideal é sempre conversar com o seu médico para entender melhor o que é bom para sua pele. “Há um fenômeno descrito no vitiligo que é o fenômeno de Koebner. Trata-se do aparecimento das lesões em áreas traumatizadas da pele. Quem tem vitiligo não pode irritar a pele com ácidos muito fortes, por exemplo”, finaliza o Dr. Daniel.

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Tem cura?

Não, a doença não tem cura. Mas tem tratamento e com resultados excelentes.

Quais os tratamentos?

"O tratamento consiste principalmente na administração tópica de anti-inflamatórios como corticoides e imunomoduladores. A fototerapia também pode ser realizada. Casos estáveis sem resposta aos tratamentos padrões, podem fazer transplante de melanócitos", responde o Dr. Daniel Cassiano.

A SBD também alerta: "o tratamento do vitiligo é individualizado e deve ser discutido com um dermatologista, conforme as características de cada paciente."

E, além dos tratamentos específico, é sempre importante que o paciente com vitiligo tenha apoio psicológico, já que as manchas brancas podem impactar na autoestima e qualidade de vida. “O acompanhamento psicológico é sempre bem-vindo para otimizar o tratamento", confirma o Dr. Daniel.

Artigos e referências usados para o texto

SBD

MDS

GUIA DE DOENÇAS E SINTOMAS - EINSTEIN

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