Mirelle Lages começa a falar sobre sua jornada da pele de forma bem objetiva: "Ela surgiu da necessidade de resolver um problema que eu tinha, que eram muitas manchas na pele, e que por muito tempo não conseguia descobrir o motivo". Tudo isso até conhecer a dermatologista certa: A Mirelle, que hoje mora em João Pessoa mas nasceu em São Luis do Maranhão, tem pano branco - uma infecção da pele causada por fungos e que forma manchas brancas pela pele.
Antes disso, porém, Mirelle passou por uma série de tratamentos, enquanto a condição mexia muito com sua autoestima: "Afinal de contas, estava entrando na adolescência", ela relembra. Levantou-se a hipótese do Roacutan, algo que Mirelle nunca topou, por ter receio da medicação: "Acabou que isso foi moldando minha adolescência inteira. Até o jeito de eu me vestir e me portar. Eu tinha muita vergonha de ir a praia, não usava regata... Era muito de fases. Quando era um período menos quente, em que eu não pegava muito sol, você não via as manchas, mas no verão ficava muito avermelhado".
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A pele também é psicológico
Foi a dermatologista que diagnosticou corretamente a condição da Mirelle que trouxe mais uma informação importante para a mesa: o psicológico também estava diretamente atrelado à doença. Seus sinais surgiam com mais força quando sua imunidade estava mais baixa, mas também quando seu psicológico estava afetado. Com o tratamento correto e o estouro do skincare, Mirelle descobriu um mundo que aprendeu a amar: o de cuidar da própria pele. "Foi um acalanto para mim, é algo que amo muito. Então passei a cuidar mais da pele de novas formas".
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Hoje, as manchas da Mirelle se concentram na região das costas, mas quando elas apareciam no rosto, ela conta que era bem pior: "Você acaba convivendo com aquilo ali sempre, e eu nunca fui a maior fã de maquiagem... Então no rosto as pessoas viam muito, e perguntavam o que era... Ter que explicar todo o meu processo me deixava muito chateada e frustrada. Hoje, por não ter mais manchas no rosto, é algo que não me afeta mais tão diretamente", pondera.
O tratamento é chave
Aprender a cuidar da pele e ter o acompanhamento da dermatologista certa fez toda a diferença na vida da Mirelle: "Apesar de ainda ter algumas manchas hoje em dia, lido muito melhor com isso. Consegui ter uma conversa mais franca, entender um pouco mais, e encontrei uma dermatologista que conseguiu montar um tratamento que controlou bastante minha pele. Esse processo todo fez com que eu me aceitasse. Hoje, entendo que são fases. Às vezes elas voltam, mas hoje consigo entender e aceitar um pouco mais. É algo que você vai descobrindo", conta.
A sinceridade de sua dermatologista também foi fundamental: "Ela está ali do meu lado, fez esse tratamento junto comigo, me explicando cada etapa, e me assegurando que era algo que dava para controlar. Por outro lado, ela foi bem sincera comigo, e me falou que era algo que podia voltar. Quando entendi que era algo atrelado com o psicológico e com o clima, ficou mais fácil também de aceitar: "No começo, também, minha reação estava ligada àquele período da adolescência, em que você se importa muito com o que os outros estão pensando. Hoje me importo um pouco menos. A opinião dos outros já não tem mais tanta relevância. Meus familiares também se importavam muito mais com isso do que eu. Hoje, como não moro mais com eles, me soltei um pouco, não ligo mais tanto quanto antes".
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Ficou tudo mais fácil porque me aceitei. Antes ficava tentando entender por que aquilo estava acontecendo comigo, mas hoje aceitei que é parte de mim, do meu sistema imunológico, do meu corpo. Então estou ali tratando, querendo entender, melhorar. Mas sei que ele vai estar sempre ali comigo. Então aceitei que é isso, e vamos em frente.
Mirelle
E com isso, a liberdade
Esse processo de libertação trouxe mudanças incríveis para a vida da Mirelle, bem além da pele: "O principal é a roupa. Eu sempre ficava pensando que dependendo do que fosse usar, todo mundo ia ficar olhando e perguntando o que era, mas hoje em dia uso até regata. Eu também me privava muito de me expor ao sol, apesar de ter muito esse receio, mesmo por questões de saúde da pele. Mas às vezes não queria que as pessoas fizessem perguntas. São coisas pequenas que você vai se negando e não percebe que vai se tolindo, como as roupas que usa, ou ir pra praia, mas com o tempo fui desapegando disso".
E foi aí que entrou a Sallve: "O que eu aplaudo na Sallve é esse co-criar, e brasileiros criando para brasileiros, entendendo as nossas necessidades, o tamanho do nosso país, o clima de cada região, e quando você se vê representado. Esse é o primeiro momento em que você se sente acolhido".
Seus produtos favoritos são o Antioxidante Hidratante ("ele serve para muitas coisas e ajuda a controlar a oleosidade"), o Tônico Renovador e o Hidratante Firmador: "O Tônico Renovador controla a oleosidade de uma forma maravilhosa sem ressecar. O Hidratante Firmador, que é o meu amor, seca super rápido. Tudo que absorve rápido e não pesa eu amo!", brinca.
Aprendendo e se libertando
Encerrando essa jornada da pele, Mirelle sorri: "Acho que descobri muito sobre mim cuidando da minha pele. Como foi um processo que me acompanhou enquanto eu estava entrando e saindo de fases diferentes da minha vida, como a adolescência, ele acompanhou muito meu descobrimento. Foi uma diferença de eras terminando e começando, e meu relacionamento com isso foi mudando junto. O pano branco é uma condição que me acompanha, mas a forma como fui me comunicando com essa condição foi mudando conforme fui amadurecendo. É um momento de descobrimento, mas virou quase como uma relação de amor. Na verdade é: de entender e aceitar".
