transição de gênero

#vivasuapele Alan e a jornada da transição

Alan Lucca conta a sua jornada de transição, como ela afetou sua pele e com a Sallve ajudou nesse processo tão único.

transição de gênero

A jornada da pele do Alan Lucca chegou até a gente pelos Stories, lá no Instagram. Ele postou algumas imagens impressionantes do antes e depois da sua pele após começar uma jornada de cuidados com a sua pele usando os produtos da Sallve. "Um mês com Sallve, e sem filtros", ele escreveu nas imagens. A gente, claro, foi lá conversar com ele, para saber mais sobre sua jornada da pele, que parecia incrível. E é mesmo.

#jornadadapele

Alan tem 23 anos, mora no Espírito Santo e pontua o início da sua jornada da pele no ano passado, quando começou seu tratamento de transição: "Antes disso nunca tive qualquer problema com a minha pele. Meus amigos chegavam a me perguntar o que eu fazia para cuidar pele, mas nunca fui de fazer nada."

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O Alan conta, porém, que quando se começa um tratamento de transição, pode demorar um pouco para se encontrar a taxa hormonal certinha para o seu corpo se adaptar. "Passei por aplicações de hormônios em intervalos de duas semanas, e foi um desastre, minha taxa ficou muito alta", ele relembra. Nessa época, ele era o primeiro caso do gênero de sua endocrinologista. O resultado, ele conta, é que nem ele sabia como reagir, nem ela. Com isso, ele preferiu procurar um profissional com mais experiência com pacientes transgênero. "Foi nessa época, antes de fazer o exame e saber que minha taxa estava alta, que meu pescoço estourou de espinha, e eu nao soube lidar, mexeu muito comigo. Especialmente porque eu nunca tive problemas assim antes, com manchas de pele, espinhas... E espinha hormonal é pior porque é bem dolorida, né?", conta Alan, que confessa ainda não ter conseguido superar o hábito de espremê-las. Com o tempo, porém, mais e mais espinhas foram aparecendo, especialmente na bochecha direita e no pescoço.

As dificuldades do processo de transição

O processo de transição do Alan não foi simples nem fácil, ele faz questão de contar, especialmente por morar numa cidade do interior, com 30 mil habitantes: "Os profissionais aos quais preciso ter acesso não são daqui, são de Vitória, então ou preciso ir até lá ou fazer consultas por videochamada. Desse ponto de vista é dificil morar aqui, porque é tudo muito antiquado. Quando vou fazer os exames que meu endocrinologista pede, eles precisam ir para fora, então tenho que esperar duas semanas para ter os resultados. Tudo isso torna o processo bastante lento, tanto para iniciar os hormônios quanto pra administrá-los. 

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O processo de hormonização, claro, afeta sua pele: "Eu aplico a cada três semanas, que foi a taxa com a qual meu corpo se acostumou, então sempre que isso acontece tenho um pico muito alto dessa taxa. Então não deixei de ter espinhas ou esses 'surtos' na minha pele. Toda vez que aplico os hormônios elas voltam a aparecer, mas foi só começar a cuidar da minha pele diariamente, seguindo uma rotina de cuidados certinha, que minha pele começou a ficar muito mais controlada. Hoje essas variações da pele não me incomodam mais, eu aprendi a viver com isso. Foi uma parte do processo. É que antes de iniciar a transição, eu não sabia que seria dessa forma, então foi muito difícil me adaptar a essa realidade." Alan cita ainda que os picos de testosterona afetaram além da sua pele: "Meu emocional também ficou muito abalado, então tive muito descontrole. Foi difícil me adaptar ao que seria minha vida daqui para frente, mas agora está tudo controlado", sorri.

Paciência é a chave

Com tantas dificuldades imprevistas, Alan tem um conselho chave para quem vai começar a passar por esse mesmo processo, ou acabou de começar: tenha paciência. "Antes de transicionar e durante a transição, eu ouvi diversas histórias, e a gente acha que existe um caminho muito definido e certinho, que toda transição vai ser igual, que vai ser sempre a mesma sequência de acontecimentos, e não é assim. Aprendi isso quando minha taxa desregulou, tive todos esses efeitos colaterais e não soube lidar com eles."

Alan confessa que chegou a ficar bravo com as pessoas trans que seguia nas redes sociais, como influenciadores e criadores de conteúdo: "Sentia que eles me deviam essas informações, de que eu iria passar por essas coisas, mas com eles isso de fato não aconteceu."

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"Cada transição é muito única, cada corpo vai reagir de uma forma - depende da sua genética, de como seu corpo vai reagir. Então, de fato, tem que ter muita paciência, porque tudo acontece aos poucos, e não da forma que a gente espera. Quando temos paciência, sabemos abraçar essas mudanças e recepcioná-las com carinho, ao invés de sentir ódio por elas não serem o que esperamos"

Alan Lucca

A importância da paciência é bem mais ampla especialmente, diz Alan, porque quando você começa esse processo de transicionar, a empolgação é muito grande: "A gente fica numa euforia enorme, cheio de expectativas, mas é um processo lento até que essas mudanças começam a aparecer. Elas começam a vir de fato ali pelos seis ou oito meses, e isso é um bom tempo pra quem está muito eufórico", diz Alan. "Até esse tempo chegar, seu corpo vai passar por bastante mudanças, a gente fica muito ansioso pelo bigode e barba, mas nem todo mundo vai ter. A gente fica esperando muito a voz mudar - ela é a uma das primeiras coisas que vem, mas não acontece da forma que esperamos e sonhamos", segue, citando ainda mais um fator para se levar em conta: "Temos que pensar, por exemplo, que o Elliot Page, que recentemente transicionou, está em outro patamar financeiro. Ele já apareceu com a mastectomia feita. Para mim, isso foi uma conquista de muita luta, de juntar o dinheiro, de ser muito responsável financeiramente. São várias realidades, e a gente nao pode ficar comparando."

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Como os produtos Sallve ajudaram nessa jornada

O antes e depois do Alan, com os produtos Sallve

Quando começou a ter acne devido aos hormônios, Alan ouviu os conselhos da namorada, que já conhecia a marca e, com a ajuda dela, comprou um kit para pele mista. "Por conta dos hormônios, senti que minha testa ficava muito seca e minhas bochecas muito oleosas", conta. Depois da compra e dos produtos chegarem em sua casa, Alan seguiu as indicações de uso e ordem certinhos, e depois de um tempo usando a sequência religiosamente, começou a sentir a diferença na pele. Entre os produtos que usou e que ajudaram a controlar sua acne, o Leite Micelar chamou sua atenção: "Fiquei assustado com o quanto ele limpa a pele. Além disso, sinto que ele também hidrata."

O Alan usa ainda o Antioxidante Hidratante, o Hidratante Facial e o Protetor Solar FPS 60. "Eu usava tudo de manhã e à noite, menos o Protetor Solar, mas depois de um tempo, por questões financeiras, passei a usar o Antioxidante Hidratante só pela manhã. Mesmo assim, minha pele se deu muito bem com essa rotina, e se adaptou ainda melhor."

Para o sucesso do tratamento, Alan cita outro fator muito importante: a disciplina. "Deu certo porque eu não pulei nenhum dia. Mesmo quando acordo de mau humor ou cansado, eu não deixo de lavar o rosto e fazer os passos, e logo comecei a sentir diferença, todo mundo começou a me perguntar o que eu estava usando. Percebi a importância da consistência no uso especialmente quando pulava alguns dias e sentia diferença. Eu tive muita força de vontade justamente por estar com esses problemas com acne, e quando controlei minha pele foi muito importante pra minha autoestima. Eu mesmo fiquei chocado com as fotos que postei", brinca. "Quando entrei nesse universo me apaixonei, porque vi o quanto é importante a gente cuidar da nossa pele."

https://www.youtube.com/shorts/YFTUCqLTsBI

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Finalizando a conversa, Alan se declara: "Criei um carinho muito grande pela Sallve não só porque a marca mudou minha vida, mas porque foi a primeira marca que vi que prega tanta diversidade e não aparece só no mês do orgulho LGBTQIA+. Como pessoa trans, tenho muito orgulho da Sallve, de participar dessa comunidade e dos produtos terem funcionado na minha pele."

A gente é que tem orgulho de ter você com a gente, Alan!

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