Clube do filme: documentários LGBTQIA+

Clube do filme: documentários LGBTQIA+

Reunimos alguns documentários e filmes baseados em fatos reais que retratam momentos históricos da comunidade LGBTQIA+ para você assistir já.

Foto: Divulgação/

Junho, no mundo inteiro, é o mês do orgulho LGBTQIA+. A história da comunidade, porém, vai bem além destes 30 dias: ela deve ser celebrada e exaltada sempre, pois abriu caminhos não apenas para seus membros, mas para toda a humanidade, sempre pregando algo em que a Sallve acredita tanto - a liberdade de ser quem você é.

A data (que remete à revolta de Stonewall, em 1969), porém, é a oportunidade perfeita para mergulhar em toda a história da comunidade LGBTQIA+. Documentários, aliás, não faltam. Seja sobre a cena gay de São Paulo dos anos 60 a 80 a cena ballroom de Nova York que deu origem ao seriado "Pose", ou filmes que retratam histórias reais, como a do primeiro político abertamente gay dos Estados Unidos, Harvey Milk, a gente estreia oficialmente nosso Clube do Filme indicando alguns títulos para você mergulhar neste fim de semana:

Paris is Burning (1990)

"Paris Is Burning" é um clássico que faz parte de muito do que reconhecemos como cultura drag numa escala global hoje em dia. Muitos desafios de RuPaul’s Drag Race referenciam a cena ballroom retratada nesse documentário que captura um recorte expressivo da cultura LGBTQIA+ nova iorquina dos anos 80 e 90. O filme, aliás, foi inspiração absoluta para "Pose", seriado de Ryan Murphy que retrata a mesma cena ballroom. É possível, aliás, cruzar até algumas histórias entre as duas obras.

Assista na Netflix.

Circus of Books (2019)

O documentário saiu recentemente na Netflix e conta a história de uma família judaica que vendia pornografia gay desde os anos 80 numa ex-livraria chamada Book Circus. É uma história fascinante que se utiliza de um recorte muito específico pra representar as mudanças que ocorreram na cultura gay desde aquela época até os dias de hoje.

Assista na Netflix.

Divinas Divas (2016)

O documentário acompanha a remontagem de um show estrelado por um grupo icônico de mulheres trans, travestis e drag queens brasileiras. Ao longo das quase duas horas de filme conhecemos histórias comoventes de amor, perda, sucesso e, principalmente, resistência.

Assista no Now ou Looke.

São Paulo em Hi-Fi (2016)

Quase como um "Paris is Burning" brasileiro, o documentário coloca uma lente de aumento na cena noturna paulistana das décadas de 60, 70 e 80 e nas figuras que a coloriam. Festas estreladas por celebridades descendo a Augusta montadas em elefantes ou em caixões de vidro carregados por sete anões são apenas a ponta do iceberg. Os relatos são tão fantásticos que quase esquecemos que se trata de um documentário.

Assista no Now, Apple TV ou Looke.

120 Batimentos por Minuto (2017)

"120 Batimentos por Minuto" não é um documentário, mas é um filme muito sóbrio que se passa na França durante os anos 90. Na primeira metade do longa, conhecemos a organização Act Up e seus esforços em chamar atenção pública para a gravidade da epidemia da AIDS da época. Já na segunda metade, passamos a conhecer melhor alguns membros da organização e suas próprias lutas pessoais.

Assista no Now, Apple TV, Google Play ou Globoplay.

A Morte e a Vida de Marsha P. Johnson (2017)

O documentário traça as origens do movimento LGBTQIA+ politicamente organizado ao contar a história de Marsha P. Johnson, mulher trans que liderou a rebelião de Stonewall, em 1969.

Fundamental para quem quer entender as interseccionalidades do movimento negro e LGBTQIA+, o filme mergulha no cenário da pandemia da AIDS nos Estados Unidos e a importância da letra T na luta por seus direitos. "Por mais que todos saibam o que foi a rebelião de Stonewall, ainda se romantiza muito os protestos de 1969", diz Marcus Amaral, do nosso time de pesquisa e desenvolvimento. "'A Morte e Vida e a Vida de Marsha P. Johnson' é muito rico para entender a crise da AIDS sob o ponto de vista de quem mais sofreu com ela, para entender o que é ser marginalizado por ser LGBTQIA+ e para entender que nenhuma luta minoritária pode ser feita sem recortes raciais e sem discussão de segregação econômica."

Assista na Netflix.

Milk: A voz da Igualdade (2008)

"Milk" conta a história de Harvey Milk - primeiro homossexual assumido eleito para um cargo público nos Estados Unidos. O filme também não é documental, mas retrata a trajetória de Harvey até sua eleição e a importância política de se assumir gay na época para barrar leis homofóbicas.

Assista no Telecine Play ou Looke.

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