Já ouviu falar que pode acontecer uma queda excessiva de cabelo pós-parto? Ou então após ter Covid-19? Pois bem, essa condição que provoca a queda excessiva dos fios, facilmente percebida na escova ou no ralo do banheiro, tem nome e se chama Eflúvio telógeno.
Quando falamos em queda excessiva, é importante lembrar que há uma queda natural de fios de cabelo. "A queda de cabelo considerada natural e aceitável fisiologicamente é uma queda de 100 a 120 fios de cabelos ao dia, que corresponde aproximadamente a 10% do total capilar. Geralmente, quando o cabelo cai nessa quantidade não causa espanto, porque as pessoas se acostumam a queda corriqueira", explica a Dra. Lilian Brasileiro, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
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Quando falamos em queda excessiva, estamos falando em uma quantidade superior a 150 fios, por exemplo.
O que é o eflúvio telógeno?
É uma condição caracterizada pelo aumento da queda de fios de cabelo diariamente. Essa queda vem após algum gatilho, como pós-cirúrgicos, alterações da tireoide, alterações hormonais, deficiências de vitaminas, infecções, entre outros.
“O eflúvio telógeno é um tipo de queda de cabelo temporária, que ocorre como resultado de uma interrupção no ciclo de crescimento do cabelo. Normalmente, o cabelo passa por três fases de crescimento: anágena (fase de crescimento ativo), catágena (fase de transição) e telógena (fase de repouso). No entanto, em algumas situações, uma grande quantidade de folículos capilares pode entrar prematuramente na fase telógena, levando à queda do cabelo, daí o nome eflúvio telógeno”, aponta a Dra. Lilian Brasileiro.
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A dermatologista afirma ainda que a duração e a persistência da queda variam de acordo com o agente causal, portanto pode durar meses. “Enquanto permanecer agressão o cabelo continuará caindo. Por exemplo: uma deficiência de ferritina ou um hipotireoidismo, a queda só cessará quando esse fator queda o for corrigido.”
O eflúvio telógeno é uma condição autolimitada, ou seja, tem um período para começar e acabar.
Tipos de eflúvio telógeno
O eflúvio telógeno pode ser dividido em dois tipos, agudo e crônico. A principal diferença entre eles é o tempo de duração.
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“O eflúvio agudo dura até 3 meses e o crônico dura mais de 3 meses”, aponta a Dra. Cintia Guedes, dermatologista membro da SBD. Aqui é importante dizer também que o crônico tem correção um pouco mais difícil.
Quanto tempo para a queda diminuir?
Antes de responder em quanto tempo os fios param de cair e o ciclo de crescimento volta ao normal, precisamos dizer que: para que haja uma alteração do ciclo capilar e a queda aconteça, é necessário um período de 60 a 120 dias após o insulto, até queda se inicie.
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“Muitas pessoas associam a queda a um motivo recente, por exemplo: passei um nervoso grande hoje e essa semana tive queda. Essa é uma associação equivocada”, aponta a Dra. Lilian.
Como já te dissemos por aqui, a duração e a persistência da queda vão variar de acordo com o agente causador. Se você tem uma alteração na tireoide, por exemplo, precisa fazer o tratamento para cuidar da condição para que essa queda comece a cessar.
E em quanto tempo em média os fios param de cair excessivamente e o ciclo de crescimento capilar volta ao normal? “Em média, depois de 3 meses os fios voltam a crescer”, responde a Dra. Cintia Guedes.
Quais as causas do eflúvio telógeno?
As causas do eflúvio telógeno são variadas, mas aqui vamos te apresentar algumas das mais comuns:
- Alterações hormonais (gravidez, pós-parto, menopausa, síndrome dos ovários policísticos);
- Estresse físico ou emocional;
- Deficiências nutricionais;
- Infecções bacterianas ou virais, como a Covid-19, dengue, infecções urinárias, infecções respiratórias, etc;
- Doenças da tireoide;
- Doenças autoimunes;
- Infecções do couro cabeludo;
- Tratamentos médicos, como quimioterapia, radioterapia e certos medicamentos utilizados para tratar condições crônicas.
Qual a diferença entre alopecia e eflúvio telógeno?
São algumas. O eflúvio telógeno é uma condição em que vários fios entram na fase telógena simultaneamente, acontecendo uma maior queda de fios após algum gatilho, como já te contamos. É uma condição autolimitada e que é resolvida pelo organismo de forma espontânea em alguns meses.
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Já a alopecia pode acontecer por questões genéticas e, se não tratada, pode levar a uma perda irreversível dos fios.
“Uma característica do eflúvio telógeno é a perda difusa de cabelo em todo o couro cabeludo, em vez de padrões específicos de queda de cabelo, como no caso da calvície”, aponta a Dra. Lilian Brasileiro.
Como é o tratamento?
As dermatologistas indicam que o tratamento inclui a reversão da causa, caso haja uma doença associada. Se houver perda significativa de volume capilar, um médico pode te ajudar nesta recuperação.
“Existem bons tratamentos tópicos, orais e em consultório para melhora do eflúvio. O ideal é associá-los para uma reposta mais potente, para que esse fio consiga crescer com mais força e com mais qualidade”, aponta a Dra. Cintia Guedes.
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