Já fizemos alguns conteúdos sobre manchas aqui no blog da Sallve. Porém, o assunto rende e sempre tem mais alguma coisinha para aprofundar. Uniformizar a pele com manchas é super possível, mas a questão é: os dermocosméticos realmente podem ajudar nessa função? Bom, a gente já adianta que sim! Porém, não cansamos de repetir: manchas são assunto sério e você SEMPRE deve consultar um dermatologista antes de qualquer coisa!
Qual o risco de tentar tratar manchas por conta própria?
Se você não tem um diagnóstico correto do que aquela mancha é, fica difícil tentar tratar. Já te contamos por aqui que há vários tipos de manchas, elas podem ser brancas, vermelhas, rosadas, amarronzadas. Assim, podem indicar melasma, rosácea, sardas e até câncer de pele, mas também várias outras condições - sim, a variedade é enorme!
+ Afinal, como as manchas se formam?
Ou seja, o caminho é sempre procurar um dermatologista, porque só ele vai poder te indicar o melhor tratamento possível e, inclusive, te dizer como é possível suavizar essas manchas que te incomodam.
Vale lembrar que o câncer de pele é o tipo da doença mais incidente no Brasil, com cerca de 180 mil casos novos por ano. Ou seja, é bem mais comum do que você imaginava, né?
+ Tudo sobre manchas em pele negra
A dermatologista Kédima Nassif, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, alerta para um outro do problema de não consultar um dermatologista nesses casos. "Um exemplo é o uso de uniformizadores por tempo inadequado, o que pode despigmentar a pele, definitivamente. Além disso, queimaduras por ácidos e alergias sérias podem ocorrer, piorando o problema. Então, antes de se aventurar testando o produto indicado pela amiga, o dermatologista deve ser consultado", opina.
A Paola Pomerantzeff, também membro da SBD ainda aponta: "O risco de tentar suavizar manchas (por conta própria) é justamente o diagnóstico incorreto, e, consequentemente, seu tratamento inadequado, podendo levar à piora. Sem comentar o risco de estar com um câncer de pele e ficar tentando uniformizar com cremes. O melanoma (único câncer de pele que pode levar à metástase a distância), se diagnosticado em fase inicial, tem bom prognóstico. Já imaginou deixar um melanoma evoluir por meses por falta de diagnóstico correto e perder a chance de uma intervenção precoce e cura? Por isso, sempre que aparecer uma mancha na sua pele, procure o seu dermatologista."
As causas das manchas dependem de cada tipo e como já repetimos aqui, a variedade é enorme. Porém, todas têm um detalhe em comum: se agravam com a exposição ao sol. Então, faça sua parte no quesito protetor solar! Afinal, se o maior estímulo causador de manchas é a radiação solar, então não deve adiantar muita coisa fazer um tratamento de manchas sem "barrar" essa radiação, não é mesmo? Quem explica melhor é a Dra. Monalisa Nunes, dermatologista consultora da Sallve:
+ Verdades e mitos sobre Protetor solar
“A exposição solar é um fator desencadeante da produção de melanina de maneira desequilibrada. Não faz sentido tratar manchas e não passar protetor. Na verdade, o primeiro tratamento para mancha é o protetor solar, porque só de você proteger a pele do sol, você já ajuda a uniformizar o tom da pele. Você está tirando o principal estímulo causador de manchas, que é a radiação solar. Por isso, não faz sentido fazer um tratamento para manchas sem protetor solar”, aponta a especialista.
E o que acontece se não usarmos protetor solar? Falando sobre quadros de manchas, se você não proteger sua pele há alguns cenários possíveis, mas o tratamento não funciona de fato. As manchas podem piorar e até aumentar, em alguns dos casos. "Se você não se proteger do sol, as manchas podem piorar, que é o mais comum. Elas também podem aumentar, e o tratamento sozinho não vai funcionar. Tudo depende da pele da pessoa e da intensidade que ela pega sol, etc", aponta ainda a Dra. Monalisa Nunes.
+ Por que o tratamento para manchas não funciona sem proteção solar?
Principais tipos e tratamentos
Mas Dona Sallve, como funciona o tratamento das condições mais conhecidas que causam manchas? Anota aí informações sobre algumas delas:
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Melasma: é uma condição crônica que causa hiperpigmentação (escurecimento da pele por aumento da produção da melanina) de algumas áreas da pele expostas ao sol. As manchas são escuras ou acastanhadas e têm formatos irregulares, limites bem definidos e podem ser simétricas (iguais nos dois lados). O mais comum é que apareçam no rosto, principalmente nas maçãs, testa, nariz e na região do buço. Não há uma causa claramente definida, mas há fatores desencadeantes, como: exposição à radiação ultravioleta, luz visível e infravermelho, alterações hormonais, cosméticos e medicamentos com agentes fototóxicos e genética. Não há cura, mas é possível tratar. O pilar principal do tratamento é o protetor solar, de preferência com pigmentação. O tratamento ainda pode incluir cremes com ação de uniformização de manchas, associados a procedimentos feitos em consultório. Vale lembrar que há vários tipos de melasma e isso também influi no tratamento.
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Fitofotodermatose ou fitofotodermatite: esses nomes complicados, são super simples de entender: são manchas/inflamações pela combinação de contato com plantas fotossensibilizantes e radiação solar. O exemplo mais conhecido é a queimadura provocada pelo limão. Com o tempo, as manchas costumam desaparecer. Segundo a SBD, o tratamento pode incluir medicamentos tópicos, mas a hidratação da pele ajuda muito na recuperação. Além disso, nem precisa dizer: proteção solar sempre!
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Melanose: na categoria de manchas marrons, também entra a melanose, que está diretamente ligada ao sol. Costuma aparecer no dorso das mãos, colo e costas. É causada por conta do acúmulo de melanina, após a exposição excessiva ao sol. É frequentemente confundida com as manchas senis, que são amarronzadase surgem após os 40 anos. No caso da melanose, um dos tratamentos mais conhecidos é o laser de luz pulsada, mas é essencial consultar um dermatologista para o melhor diagnóstico e indicação de tratamento. E lembra, né? Proteção solar faz parte do tratamento.
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Rosácea: quando o assunto são manchas vermelhas e até descamativas, tem uma doença crônica que costumam vir a cabeça. A rosácea é uma doença vascular inflamatória crônica, que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. É mais frequente em mulheres de pele branca – raramente aparece na pele negra. Tem sua origem ainda desconhecida e não tem cura. A doença costuma surgir após os 40 anos, gera lesões inflamadas na região central da face (nariz, testa, bochechas e queixo), e pode ser, algumas vezes, confundida com a acne. Os tratamentos dependem da fase clínica de cada paciente, mas quase sempre envolvem tomar medicamentos antimicrobianos e antiparasitários. Laser e luz pulsada são bons para quem tem o tipo eritemato-telangiectasia, mas não são indicados para todos os casos. Por isso, a importância de consultar um médico especialista. O controle da alimentação e da ingestão de bebidas alcoólicas também auxiliam a controlar, assim como o uso de protetor solar com elevada proteção contra raios UVA e UVB.
- Câncer de pele: o câncer de pele é uma doença que acontece por conta do desenvolvimento anormal das células da pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer, afirma a SBD. Pode ser curado, principalmente se descoberto logo no início. A principal causa é a exposição excessiva ao sol. Mas há também fatores de risco. O tratamento varia de acordo com o tipo de câncer, mas geralmente é realizada a retirada da lesão. Por isso, consulte seu dermatologista, pois os tratamentos são variados quando falamos em não melanomas. “O principal tratamento do melanoma é a retirada cirúrgica do tumor. Deve ser realizada a remoção da lesão, juntamente com as margens laterais do tecido saudável adjacente. Isso são as margens de segurança. Elas permitem avaliar através do exame anatomopatológico se elas estão livres de células neoplásicas. De acordo com o estágio do câncer, ou a presença de metástases, a radioterapia e a quimioterapia também podem ser utilizadas. Para um câncer em estágio avançando, a estratégia de tratamento deve ser orientará para retardar a evolução da doença, e assim aumentar a sobrevida dos pacientes”, finaliza a Dra. Patrícia Mafra.
+ Como é o tratamento de manchas e por que é a longo prazo?
Em quais casos os dermocosméticos podem ajudar?
Muitos casos de manchas, dependendo da condição a que elas estão associadas, só tem melhora efetiva com tratamentos em consultório, como luz pulsada, laser, etc. Posto isso, saiba que além de tratamentos no consultório, os dermocosméticos também são aliados verdadeiros na hora de uniformizar aquela manchinha que te incomoda, principalmente, aquelas relacionadas ao melasma (manchas causadas pela radiação ultravioleta associada a hormônios).
+ O que acontece ao interromper o tratamento de manchas?
Ainda segundo as especialistas, melasma, melanoses solares e hipercromias pós-inflamatórias, por exemplo, podem ser tratados para se obter uma pele mais uniforme. Lembrando que, para cada caso existe um tratamento específico, e por esse motivo, é fundamental o diagnóstico correto.
“O nevo de Ota nunca irá clarear com cremes tópicos, deve ser tratado com laser (Q-Switched laser). Já o melasma pode apresentar excelentes resultados com tópicos domiciliares. Porém, é sempre importante reforçar que podemos controlar o melasma, suavizando e mantendo essa uniformização, mas até hoje não podemos falar em cura. As melanoses dificilmente desaparecem sem laser ou luz pulsada. Cremes podem ajudar, mas não a resolver por completo”, alerta a Da. Paola.
Os aliados
Já fizemos um post por aqui para falar quem são os ingredientes amigos das manchas, sardas e pintas, em seus mais variados tipos. E eles realmente podem ajudar muito na hora de tratar e clarear aquilo que tanto pode te incomodar!
+ Alfa-arbutin e sua capacidade de ajudar a suavizar manchas
"Há várias substâncias que são capazes de alterar a melanogênese, ou seja, a via de formação do pigmento acastanhado, que, se em excesso, causa as manchas. Dentre os ativos mais usados no arsenal antimancha estão: o arbutin, o ácido tranexâmico, o ácido kójico, a nicotinamida, a vitamina C e E, o ácido ferúlico, o bioblanc e a boa e velha hidroquinona, ainda que seu uso seja restrito a situações e pacientes específicos", contou a Dra. Kédima Nassif.