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Dra. Monalisa Nunes fala sobre veganismo e diversidade

"Admiro muito que é uma marca que já nasceu 100% vegana”, disse a médica

Hoje é dia de apresentar uma integrante do time da Sallve que na verdade é bem conhecida por milhares de pessoas nas redes sociais: a Dra. Monalisa Nunes! Médica e produtora de conteúdo digital, ela atua na Sallve como dermatologista consultora e é figura presente aqui no blog.

Monalisa Nunes
Dra. Monalisa Nunes /Instagram

Monalisa Nunes, 29 anos, é natural de Barreiras, uma cidade no interior do oeste da Bahia e sempre foi “nerd”, apaixonada por leitura, cinema e música. “Sempre fui muito curiosa. Sou apaixonada por música e uma curiosidade sobre mim é que eu amo heavy metal e rock mais pesado! Mas escuto basicamente quase todos os estilos musicais. Sou apaixonada por beleza de um modo geral. Então, sempre gostei de maquiagem, de cuidar do cabelo, de cuidar da pele, fazer penteado, sempre me diverti muito nessa área da beleza e da moda”, contou.

Quanto o assunto é causas pela qual se engaja, a médica explica que a primeira é a racial. “Porque sou uma mulher negra, nordestina. Então, reafirmar a minha ancestralidade, aceitar o meu cabelo crespo foi uma das coisas que mais teve impacto na minha vida, na minha autoestima e na minha carreira. Também me engajo bastante na questão do veganismo, porque eu sou vegana, falo muito do veganismo na alimentação, mas prego muito o veganismo na beleza vegana, sem testes em animais. E também a causa feminina. Sou feminista, sim, prego a igualdade entre os gêneros. São causas muito importantes pra mim”, apontou.

Dra. Monalisa Nunes / Instagram

As causas em que a Dra. Monalisa Nunes se engaja foram bastante determinantes para algumas escolhas que ela fez em sua vida, como por exemplo se tornar dermatologista. “Acabei percebendo que a dermatologia era uma área que tinha muita falta de profissionais negros e também do veganismo. Via que muitos dos profissionais seguiam um caminho muito protocolado, engessado, de marcas grandes e farmacêuticas que testam em animais, sendo que tem várias empresas nacionais e estrangeiras que fazem testes e têm produtos de extrema qualidade”, contou.

+ A Sallve é vegana e cruelty-free?

“Tinha muita dúvida entre cirurgia plástica e dermatologia, mas achei que a dermatologia se encaixaria melhor na minha rotina de redes sociais, minha produção de conteúdo. E acho que eu fiz a escolha certa! Casou muito bem, eu consigo conciliar muito bem a minha vida de médica e de produtora de conteúdo digital. Estou amando. Sou apaixonada por dermatologia”, completou.

Monalisa Nunes
Dra. Monalisa Nunes / Instagram

Confira mais alguns trechos do papo e saiba mais como é o trabalho da Dra. Monalisa Nunes aqui na Sallve:

Como surgiu a sua vontade de ser médica?

Decidi ser médica de uma forma muito natural. Acho que veio da minha curiosidade, de querer conhecer o corpo humano. Sempre gostei muito de ciências e ficava muito empolgada e curiosa de entender como o corpo funciona, como o coração bate, como o pulmão faz a respiração. Isso foi me empolgando a sempre estudar mais a área de ciências, apesar de gostar de todas as matérias. Ciências e biologia sempre foram minhas matérias favoritas. Acho que partiu daí e também eu tinha um referencial de um casal de médicos negros, que eram amigos dos meus pais, são até hoje. Ambos eram médicos e eu achava muito legal, porque sempre que tinha algum problema lá em casa, alguém ficava doente, a gente sempre ligava pra eles e tudo era resolvido. Acho que eu fui absorvendo esse referencial à medida que eu fui crescendo.

E sua carreira como influenciadora? Quando isso se tornou uma realidade e você viu que dava pra conciliar com a Medicina?

Minha carreira de influenciadora começou no meio da faculdade de Medicina. Tinha acabado de fazer a minha transição capilar, que é o processo que a gente deixa de alisar o cabelo para assumir e usar o cabelo natural. Eu estava imersa nesse mundo, só pesquisando sobre isso, e aprendendo muito graças ao Youtube, porque na época não era algo que a gente ouvia falar muito. A gente tinha muita dificuldade de fazer essa transição e saber como funcionava o cabelo. Então, foram as meninas no Youtube que me incentivaram e me deram todo o substrato que eu precisava para passar pela transição capilar em Alagoas, durante a minha faculdade.

+ 5 coisas que aprendi com a minha transição capilar - por Luane Dias

Comecei a ficar tão apaixonada por isso, por esse universo, que eu criei um canal para dividir a minha história e também servir como uma válvula de escape da minha rotina de médica. Eu estava estressada, cansada com a faculdade e sentia que todo o meu lado criativo estava sendo ofuscado pela faculdade de Medicina. E aí o canal veio para ser essa válvula de escape, porque eu ia ter contato com outras pessoas e falar de outras coisas. Tanto que, no início, eu não falava de Medicina no Youtube. Só comecei a falar depois de um tempo, quando as pessoas descobriram. Aí, comecei a falar de estudos, motivação, organização, que são assuntos que eu amo falar hoje, mas no início não eram meu objetivo. Meu objetivo era der um canal para falar de beleza e ancestralidade.

Dra. Monalisa Nunes / Instagram

Você tem essa ênfase em produtos naturais, cruelty free, veganos. Por que você escolheu esse caminho?

Acho que o veganismo é que me levou a pesquisar mais o que eu consumo. Foi um caminho natural. A partir do momento que eu escolhi pensar mais no que eu consumia e com o que eu me alimentava, em relação a crueldade animal, comecei a pensar em todos os aspectos do consumo consciente. E foi um caminho natural! Fui pesquisando sobre concepção de produto, sobre marca, sobre toxicidade em produtos de beleza, e comecei a entrar nesse mundo de produtos naturais, clean beauty, que eu amo e tô sempre aprendendo coisas novas.

+ Clean beauty e consumo consciente de beleza com A Naturalíssima

Vi uma conversa sua com o Dr. Drauzio Varella em que vocês falam sobre pele negra e que não há sequer fotos de pessoas negras nos atlas da dermatologia. Como é isso pra você? Como é esse racismo na medicina? Você sente que há alguma mudança na dermatologia para estudos da pele negra atualmente?

Sim, esse tópico de dermatologia e pele negra foi um dos motivadores maiores para eu seguir na dermatologia, porque eu sentia que faltavam profissionais e estudos voltados para pele negra, cabelo crespo e cacheado. Ainda é muito difícil, ainda tem muita escassez de informação. Os Atlas ainda não representam uma diversidade. Não só de pele negra, mas também indígena e oriental. Sinto que está mudando, está melhorando, os profissionais começam a sentir essa necessidade de se aperfeiçoar, mas ainda está longe de ser o ideal. Vários tratamentos que a gente vê, muitas vezes até tratamentos estéticos, não comportam a pele negra. Não tem opção para pele negra e isso é inadmissível.

A gente vê poucos especialistas em pele negra hoje. Você quer ser cada vez mais especialista em pele negra?

Quero, sim, ser cada vez mais especialista em pele negra. Estudo bastante esse assunto desde a graduação, por gostar muito de beleza e dermatologia. Desde o meio da minha faculdade, eu sempre pesquisei, acompanhei professores, fui estudando sobre pele negra e cabelo crespo e essa é uma área que eu quero estudar e aprender mais. Quem sabe um dia escrever um livro e ter um curso voltado para isso.

Dra. Monalisa Nunes / Instagram

Me fala um pouco da sua história com a Sallve? Quando tudo começou?

A Sallve foi uma das marcas que eu sempre admirei, desde o início. Acompanho desde quando não tinha produto nenhum e era só um Instagram para falar de beleza. Admiro muito que é uma marca que já nasceu 100% vegana e eu gosto muito dessa questão das colabs. Achei sempre maravilhoso isso, de trazer produtos diferentes, com uma pegada inovadora e que realmente atendia alguma necessidade, alguma dor do consumidor final. Então, eu era já uma fã da marca, já usava os produtos da marca e aconteceu de me chamarem para fazer um vídeo para o Instagram da Sallve.

+ Dra. Monalisa Nunes responde tudo o que você sempre quis saber sobre pele negra

E assim a gente começou a se relacionar. Eu falei que era muito fã e fui chamada para trabalhar como consultora em dermatologia e esse é, sem sombra de dúvidas, o trabalho que eu mais amo fazer. Eu sempre tive vontade de trabalhar do backstage, de construir produtos do zero, participar dessa parte mais criativa dos produtos de beleza e foi incrível esse convite, sou muito grata e animada para continuar trabalhando com a equipe da Sallve.

Como funciona ser dermatologista consultora da Sallve? O que você faz por aqui?

A minha função, na verdade, são várias. Eu ajudo na produção dos conteúdos científicos da marca. Então ajudo tanto a corrigir os textos e informações para o blog como também na construção desses textos. Também tenho uma função de trabalhar na parte de composição de produto, da idealização do produto, essa é a parte mais criativa. Além disso, ajudo como médica convidada em eventos, nos eventos de lançamento da Sallve. Estou ali para ajudar e ser um suporte dessa parte mais científica em dermatologia e em composição de produtos.

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