Chegou o dia de conhecer melhor a Olivia Cunha, estagiária de Marketing de Produto da Sallve. Ela é estudante de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e deve se formar em 2021. Além disso, é nascida e criada em São Paulo e apaixonada pela capital.
“Me considero muito paulistana assim. Gosto muito! Minha infância inteira minha vó sempre me levou para todos os lugares de transporte público. Então, tive muito isso de aprender a andar de metrô e de ônibus com a minha avó. Pra mim São Paulo é isso: estar em todos os lugares. Amo muito São Paulo!”, contou logo no início do papo.
Apesar de hoje estar muito feliz com escolha do curso de Engenharia de Produção, a Olivia já quis fazer moda. “Aos nove anos, lembro que lendo Capricho, descobri que ser estilista era uma possibilidade de vida. Falei: nossa, pronto, essa é a minha profissão. Dos nove aos 16 anos, essa era a "minha profissão". Só que estudei em um colégio muito tradicional e não me incentivaram muito. Não foram nem os meus pais, mas o contexto como um todo”, relembrou.
Foi aí que a nossa estagiária acabou descobrindo a Engenharia de Produção. “É uma Engenharia mais generalista, mais tranquila e aí fui nela. Foi o que eu queria. Gosto bastante. Eu ainda gosto muito da moda, mas eu entendo que fazer faculdade de Moda no Brasil é um pouco complicado, você não tem opções públicas. Sempre quis fazer uma universidade pública pela experiência mesmo, de estar com pessoas diferentes, de expandir mais meus horizontes”, explicou.
Durante a faculdade, a Olivia atuou no Centro Acadêmico e participou ativamente do Movimento Estudantil. “Tenho muito interesse por essas questões da universidade, da defesa da universidade pública, da pesquisa. Isso fez muito parte da minha história na faculdade e fico muito feliz de ter feito essa opção, porque foi essa opção que me possibilitou estar atuante em outras áreas da minha vida, que talvez eu não pudesse estar se tivesse tomado outras decisões antes, tanto de curso, quanto de universidade”, opinou.
E quer saber um outro assunto que a Olivia ama? Falar sobre pele e skincare. Até porque sua relação com a própria pele nunca tão tranquila quanto deveria. “Sempre amei muito maquiagem, sempre fui muito a doida de me maquiar muito. Parte era insegurança, então, precisava daquele reboco todo para ir para escola. Vivia muito nessa prisão da beleza por assim dizer, de nunca achar que eu estava o suficiente”, contou.
“Sempre tive essa relação íntima com meu rosto. Só que o problema de você usar maquiagem quando você é muito novinha, sua pele vai para o ralo junto. Então, eu virei literalmente a escrava da base. Minha pele tinha virado o caos, porque juntou a adolescência com o excesso de maquiagem, com falta de informação também. Comecei a ter mais cuidados com a minha pele, as espinhas sempre estiveram ali. Eram minhas inimigas mortais. Mas era ir lidando. Não tinha muito o que fazer”, relembrou.
Foi só na faculdade que tudo virou para a Olivia e ela passou a se sentir confortável na própria pele. “Pude ir criando uma relação mais saudável comigo e com a minha pele como um todo. Foi muito gostoso assim, é uma coisa que me deixa muito feliz e aliviada”, disse Olivia Cunha, que por ironia do destino acabou chegando na Sallve, em meio a pandemia do novo Coronavírus.
Conheça mais a Olivia Cunha
Como você chegou na Sallve?
Veio a pandemia justamente na época que eu tinha que prestar os estágios. Tinha decidido dar um tempo, tudo estava parado. Já era o suficiente tudo o que estava acontecendo. Só que eu tenho uma amiga que trabalha na LiveUp, que nasceu no Centro Acadêmico e eu fui vice-presidenta do meu CA. Então, eu tinha como opção da LiveUp e trocava muita ideia com essa minha amiga, que também tinha sido do CA. Ela me mandou um Stories do Armando (Nader, Analista de Performance de Influência Digital).
Minha amiga me mandou, li a descrição das vagas. Uma era para Influência e a outra para Marketing de Produto. A de Influência eu gostei, faria, mas não tinha amado porque não tinha muito a ver com o meu curso. E aí a de MP eu gostei muito, muito, porque era de tendências, gosto muito de ficar fuçando, já pensava que valeu a pena ter visto tanta resenha na vida, estava valendo para alguma coisa. Li e fiquei encantada, isso nunca tinha acontecido.
Me dediquei muito no meu currículo, reformulei ele todo. Mandei numa quinta à noite, na outra segunda de noite a Lia (Chitman, Marketing Planning & Portfolio Strategy na Sallve) me chamou no WhatsApp, falando se eu podia ter um papo com ela no dia seguinte de manhã. Terça a gente conversou. Ela me mandou um case e eu fiz esse case: qual deve ser o próximo lançamento da Sallve? Foi muito divertido. Era algo que eu pensava que podia ser uma pergunta da entrevista, eu já tinha muito pronto assim. Foi só colocar as ideias no Power point. Apresentei para ela na segunda, para ela e pra Patrícia Militão (Gerente de Produtos da Sallve). Na terça, falei com a Gabriela Curti (Head of People). Na sexta, falei com o Daniel Wjunisk (co-fundador e CEO da Sallve). Na outra segunda, fui contratada. Foi o único processo que eu prestei. Foi o segundo processo seletivo da minha vida, só tinha prestado um quando eu estava no segundo ano da faculdade, que eu estagiei seis meses. Essa foi minha experiência de processos. Sou meio certeira.
O que você faz na Sallve?
A gente olha para tendências, organiza muitas apresentações. Por exemplo, a gente está sonhando com um produto, temos que aterrissar essa ideia. Juntar todos os produtos referências de performance do mercado, todos os produtos referências de concorrência nacional. Além disso, pegar os dados da comunidade, que temos muito, embasar o lançamento que a gente está imaginando nesses dados. Então, mostrar que esse lançamento faz sentido, porque a comunidade pede isso, usa isso, as preocupações são essas e isso é uma necessidade real. É sempre voltar nisso: é uma necessidade real? É o que a comunidade está pedindo?
E também tem um pouco desse desafio de dosar necessidades reais e inovação. Por exemplo, o Esfoliante Enzimático, que é um exemplo que a Julia (Petit, co-fundadora e CCO da Sallve) sempre dá nas reuniões. Ninguém pedia o Esfoliante, porque ninguém conhecia. Esfoliante era uma categoria que estava um pouco morta. A Sallve veio com o Esfoliante Enzimático, os AHAs, as enzimas, algo novo. Então, é conseguir fazer esse balanço de inovar e mostrar que - não que é uma necessidade, porque beleza não é sobre isso -, mas mostrar para pessoa um caminho mais legal a seguir e suprir a necessidade dela, um produto mais bacana, inovador e coisas que ainda não foram vistas. A gente vai da terra ao céu. Terra é pegar esses dados e céu é ficar: olha, gente, tem esse produto lá na Cochinchina que é muito legal, a gente tem que fazer algo parecido.
No meu dia a dia, a gente faz muitas apresentações, de interpretar dados e encontrar a melhor forma possível de apresentar eles para os sócios, Marketing de Produto e P&D. Então, esses dados, os benchmarks, as réguas de preço com tudo o que eu conseguir encontrar de produto de tal categoria. E tem essa parte com a comunidade, de desenvolver esses typeforms. A gente faz disparos, coleta esse montão de dados para usar nas nossas apresentações. Temos também as colabs de aprovação das fórmulas. Por exemplo, quando a gente está com uma fórmula aprovada internamente, mandamos para a comunidade testar. O pessoal de PR faz uma pré-seleção. Selecionamos esses experts da comunidade para testar os nossos produtos, eu envio para todos eles as amostras que o P&D me manda. Acho muito legal porque eu também ganho amostras. Envio, a gente marca reunião em dois grupos e discute o que elas perceberam. Dependendo do que disserem, fazemos algumas alterações. E, no final, sempre tem aquela pergunta que eu amo: o que vocês gostariam que a Sallve lançasse? É muito divertido essa parte, porque as pessoas brisam: quero creme para tatuagem, vão dando muitas ideias para a gente...
Entre tantas propostas, como fazem as escolhas de o que faz sentido, que é uma ideia boa para seguir?
O que aconteceu esse ano foi o Innovation Day. A gente teve uma mesa com os sócios, P&D e Marketing de Produto para bater nosso pipeline de 2021. E aí cada um levou uma apresentação, pensando em tendências, tamanho de mercado, desejos da comunidade e pensando em dados de necessidade da comunidade, preocupação e decidir esse pipeline. A decisão é um misto de todas essas coisas: mercado, tendências e comunidade. A Julia (Petit) é uma pessoa que tem ideias muito incríveis, uma pessoa que conhece demais, tem as ideias mais disruptivas e que as vezes fogem disso. É uma necessidade que as pessoas têm e nem estão falando sobre isso ainda. Ela pega isso e é muito genial. Então, é muito desse jeito. Mas a gente também discute. A gente puxa mais dados, mostra se faz sentido e vai seguir. A gente decide o pipeline todo, mas pode ser que muitos produtos morram no meio do caminho, porque tem entraves que vão aparecendo.
Como é trabalhar em uma empresa que tem preocupação em comunicar peles reais e falar com pessoas que tem essas encanações todas que você tinha? A experiência com a sua pele te ajuda no trabalho?
É muito louco porque na pandemia foi quando eu decidi que skincare com vários passos era algo que ia fazer parte da minha vida. Eu fazia o simplificado, mas eu precisava ter um hidratante legal para usar, escolher meu filtro solar. Todo mês da quarentena ia comprando um produto novo. Eu já estava nos meus quatro passos quando eu entrei na Sallve. Comecei a usar os produtos da Sallve e foi uma coisa louca. Vai parecer muito clubista, mas literalmente minha pele mudou completamente. Minha pele é outra desde que comecei a usar a Sallve. E pra mim é a melhor empresa de skincare do mundo.
Testei algumas coisas desde que eu cheguei, porque uma parte do job é testar um monte de coisas. Recentemente, chegou o portifólio de uma marca muito incrível internacional aqui em casa, mas o que a gente faz é tão demais. Em tudo, em fórmula, textura, formato, entrega mesmo, performance. É muito difícil encontrar algo que fique tão equiparado. E aí eu até falei para Pati (Militão), que eu tô muito feliz de voltar a usar minha rotina Sallve, que minha pele agradece a textura, tudo. Comecei a usar esses produtos ótimos e minha pele mudou de textura, parecia uma escama. Ela estava viciada no Tônico Renovador, que é mágico, é algo que caiu do céu.
É muito incrível falar com as pessoas que têm as mesmas noias que eu tinha e o tanto que isso faz diferença na vida delas: ter essa empresa que trata disse de forma mais real. As vezes, tem relatos muito emocionantes. Principalmente, pessoas de pele negra que comentam muito que criaram uma relação muito mais saudável e bonita com a pele delas, de cuidado mesmo, e a Sallve fez parte disso. Muitas vezes a Sallve é a porta de entrada para o mundo de skincare para algumas pessoas, tem esse papel também. Então, é muito emocionante. Era algo que eu procurava muito na faculdade, um sentido mais amplo para o que eu queria fazer na minha vida. É muito importante ter uma empresa que promova essa relação saudável com a pele das pessoas e isso em todos os aspectos. Tanto nos produtos, que não vão clarear sua pele, não vão te dar um efeito esbranquiçado, todas essas coisas. Mas ainda na comunicação que é muito importante. As pessoas que a gente mostra no Instagram, o espaço que a gente dá para a comunidade aparecer, construir juntos. Eu me arrepio. A parte de co-criação da Sallve é tão rica. É absurda! É bizarro que todas as empresas não estejam fazendo isso, porque é muito rico. Só sai coisa ótima e as pessoas se sentem parte. É o futuro, mas já era para ser o presente. É incrível em todos os sentidos, tanto em sentir que estou exercendo um papel legal na sociedade, como cidadã, que tenho esse peso que coloco em mim. Quanto pra mim mesma!
Como é fazer estágio na Sallve? O que é diferente?
É muito louco. O primeiro ponto é o lance de ano de cachorro. Eu estou na Sallve faz três meses e parece que eu estou faz um ano, de tanta coisa que já fiz, aprendi, que está no meu domínio e responsas minhas. Isso é muito legal o quanto te jogam para você se desenvolver mesmo, te dão confiança. Lembro que nos meus primeiros papos com a Pati, ela falou assim: logo mais, quero que você esteja responsável disso, disso e disso. E tipo isso já está acontecendo e é muito legal.
Eu trabalhei em uma startup de educação e, como era startup também, tinha essa vibe de ter voz e tudo. Isso era bacana. Mas considerando que é uma área pela qual eu me interesso muito, que é beleza, skincare, está muito no meu DNA, é diferente. Pego muitas coisas que são da minha vida pessoal, meus hobbies e posso levar para o trabalho, dividir no trabalho. Não tem nenhuma conversa minha com a Pati que não termine a gente uns 20 minutos conversando sobre vários produtos. Isso é tão gostoso. Ou com o resto do pessoal, é a gente falando de um monte de lançamento. É bom juntar paixão com trabalho. É diferente por isso!
E esse lance do aprendizado. Eu nunca imaginei que eu ia ver tantos dados. Isso é uma coisa que se tivessem me falado no meu job description lá atrás, teria ficado em choque. Não é que eu não goste, eu gosto muito, mas tenho medo. Foi uma coisa que fui pegando aos poucos e hoje em dia é a parte principal do que eu faço e eu sou muito feliz por isso. Sinto que cresci muito, era algo que tinha medo de pegar, tinha insegurança de aprender e aconteceu, porque tinha que acontecer. É emocionante assim. As pessoas têm liberdade para mudar de ideia, fazer o que acha melhor sem ter um monte de burocracia. Tudo começa a partir da conversa, até as decisões mais importantes.
Duas coisas que as pessoas precisam saber sobre Marketing de Produto na Sallve?
Acho que o co-criar faz muito parte do Marketing de produto e a gente está muito dentro disso. Co-criar com a comunidade e coletar as informações que eles nos dão, porque a gente é meio bombardeando de informações o tempo inteiro. Então, tem comentário de Instagram, resposta de typeform, tem nosso quiz da pele.
Tanto co-criar em conversas, marcar calls e tal, como pegar amostra da nossa comunidade inteira e traduzir para o que a gente materializa, os produtos. Acho que isso é bem importante. E gosto muito de tendências também. É algo bem legal e faz parte do Marketing de Produto, que é estar ligado no que está rolando por aí. Tanto de sucesso, como o que tem de novo e é muito inovador.