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Tiger King às avessas

Esqueça Tiger King: o que a gente precisa agora é de Mucho, Mucho Amor. Sim, o documentário sobre Walter Mercado!

Foto: Reprodução/ Netflix

Parece que faz anos que a quarentena começou, trazendo como ícone absoluto do universo pop um Joe Exotic que, de tão carismático, quase fez tanta gente se esquecer de seu lado mais podre. De uma hora para outra, o vilão maior que o Covid-19 se chamava Carole Baskin e todo mundo queria se vestir bem kitsch: quanto mais estampa animal, melhor.

Cá estamos, quatro meses depois, estacionados em uma realidade muito pior do que a daquele mês de março: o que parecia ser passageiro não tem qualquer previsão de melhora. A vida "voltou ao normal", mas voltou mesmo? A pergunta, claro, é retórica. A comfort food já diminuiu na rotação e todo mundo voltou a se preocupar com uma alimentação mais regrada. Os horários que tinham ficado totalmente enlouquecidos (quem aí virava noites em abril?) foram voltando ao seu ritmo de sempre. Afinal de contas, o que estamos vivendo de curto prazo não tem nada.

Mas se em março tivemos o entretenimento de "Tiger King", em julho a nossa alma precisa de algo diferente. O distanciamento do fervo pop já não nos permite rir tanto de Joe Exotic - agora fica só o gosto ruim na boca mesmo de tanta maldade com os animais. A gente precisa de bondade e amor. Mucho, mucho amor. Literalmente.

O documentário sobre Walter Mercado, que estreou há dois dias no Netflix e já virou paixonite do Twitter, chegou exatamente quando a gente precisava (coincidência? eu diria escrito nas estrelas). Em um momento de tanto pessimismo, em que falta o fôlego quando o Baixo Leblon está lotado de gente tomando chopp, Mercado vem espalhando amor, boas energias, otimismo e tolerância. Ah, e um desejo imediato por capas cobertas de brilho no seu closet (ou alguns broches incríveis).

"Mucho, Mucho Amor" conta a história do astrólogo e vidente desde sua infância até sua morte, mas foca mais em quando ele se tornou famoso mundialmente, com suas previsões dos signos que as abuelas hispânicas paravam tudo para assistir, e como ele navegou por tanta fama e golpes sem jamais perder a noção de quem ele era e do que ele pregava.

É fácil traçar um paralelo com "Tiger King": tem os looks exagerados e carregados de brilho, tem o cabelo icônico e a maquiagem que dá vontade de copiar em referência pop ou homenagem, tem até uma Carole Baskin - que aqui atende pelo nome de Bill Bakula. Após conhecer a história que correu nos bastidores entre os dois, porém, até o clássico "Ligue Djá!" das nossas infâncias perde um pouco da sua graça. Mas as similaridades terminam por aí: Walter Mercado é só amor.

Ele era queer? Era gay? Qual era seu rótulo? Ele rejeitava todos: "Eu faço sexo com a vida", ele diz uma hora. "Tenho uma sexualidade com o vento", continua. O vidente estourou numa época em que a homofobia era de praxe e jamais questionada no mainstream: o normal era ser homofóbico. Tivesse ele assumido qualquer um desses rótulos, diz um dos entrevistados, sua carreria teria sofrido. Seja por isso, ou por simplesmente não querer chamar atenção para um lado mais pessoal de sua vida, a grande verdade é que não importa. É mais incrível mesmo visualizá-lo como essa entidade sem gênero: "Ele é andrógino. Parece uma mulher, tem dias que parece homem", diz seu assistente de décadas. Não é maravilhoso? Mais ainda se você pensar que essa figura tão atual e antenada com tudo o que a gente está discutindo hoje se tornou um ícone respeitadíssimo em milhões de casas de famílias conservadoras e extremamente religiosas, que conseguiam, graças a Walter Mercado, ver além de seu preconceito.

A mensagem do astrólogo é essencial para esse momento exato que estamos vivendo: não estamos sozinhos nesse mundo. Precisamos cuidar uns dos outros, precisamos de mais amor. De mais paz, de mais paciência. E de mais paetê e batom marrom também, ora, por que não?

"Mucho, Mucho Amor" é uma injeção de bem-estar, uma dissertação sobre como a gente olha para o outro mas também para a gente mesmo, de como a gente cuida da gente e de tudo o que está ao nosso redor, de como a gente se aceita e aceita o próximo. E de como quando a gente faz isso com boas energias, tudo flui tão melhor.

Esse fim de semana, tente ver sua rotina de autocuidado como algo mais amplo: faz o seu skincare, acenda aquela vela que você gosta na sala, coma sua comida favorita, o que for. E finalize a rotina com "Mucho, Mucho Amor". Você vai ver: o viço vai ser outro, e tão mais poderoso. ;)

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