Por: Juliana Oliveira (@juliipreta)
A cada segunda-feira que chega, você pensa: será que essa semana eu vou aguentar? Todo fim de semana passa rápido demais e a sensação é que você não conseguiu descansar nada. Sono desregulado, noites recheadas de ansiedade e, mesmo assim, ainda insistimos em maratonar a nova temporada da série mais comentada nas redes sociais. A preocupação excessiva com o futuro, as contas para pagar e a vontade de largar o trabalho e ir #venderasuaarte na praia. Se identificou? Se a resposta é sim, preciso te dizer, estamos juntes, juntos e juntas nessa jornada.
Fazer parte dessa geração em um mundo pós-pandêmico, onde a maioria de nós se sente extremamente pressionado ao famoso ''dar certo',' é extremamente danoso para a saúde mental. A sociedade como um todo impõe indiretamente um checklist de realizações em que precisamos ter êxito até completar a terceira década de vida - caso contrário você está fadado ao fracasso. E foi com esse mix de sensações enlouquecedoras que no segundo ano da pandemia da Covid-19 percebi que precisava centrar mais a minha energia em mim, nos meus objetivos e projetos pessoais sem a necessidade da validação externa. Foi assim que a acupuntura e a aromaterapia passaram a fazer parte da minha rotina semanal, para além da terapia.
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A acupuntura faz parte do Ramo da milenar Medicina Tradicional Chinesa (MTC). A prática tem como propósito restabelecer o equilíbrio do corpo, mobilizando a energia vital e desencadeando efeitos analgésicos e anti-inflamatórios. Trazer para a realidade do meu dia a dia esse recurso terapêutico age em pontos específicos do meu corpo. A acupuntura ontribui com um relaxamento para além daqueles 30 minutos semanais. Suas agulhas estimulam determinados terminais nervosos colaborando formidavelmente no bem estar geral - para ser mais especifica, no humor, no sono e obviamente na ansiedade.
Trato a acupuntura como meu compromisso inegociável da semana, como aquele autocuidado legítimo. É um compromisso com meu corpo como um todo - corpo esse que, se deixar de existir, não chegarei lugar nenhum, não é mesmo? E foi no contexto desta terapia, da meditação e de técnicas de respiração que já praticava em casa, que a aromaterapia também chega para somar nessa busca do bem estar genuíno.
Você já ouviu falar em aromaterapia? É uma técnica natural que faz uso da energia e dos benefícios das ervas por meio de óleos essenciais (OE) para tratar questões físicas, emocionais e mentais. Mas atenção: é muito importante que você busque um profissional adequado antes de começar a sua trajetória com os óleos essências, porque eles são super concentrados. Para se ter ideia, uma gotinha de óleo essencial equivale a cerca de 24 xícaras da planta, por isso é preciso tomar cuidado com superdosagem. Basta uma gota por aplicação, e atenção de novo: alguns óleos essenciais não podem ser usados durante tratamentos homeopáticos. Quem têm certas condições de saúde precisa evitar determinados óleos que podem agravar a situação, e grávidas também precisam de certos cuidados.
Trazendo para a minha rotina, os meus óleos essenciais favoritos são:
Hortelã pimenta: ideal pingar umas gotas no chão do banheiro para trazer aquela energia no primeiro banho do dia, ou fazer a inalação antes da atividade física. Sua melhor função é que ele atua quase que instantaneamente naquela dor de cabeça causada por preocupações e noites mal dormidas
Cítricos (laranja doce, limão, capim limão ou tangerina, por exemplo): revigoram o corpo, atuam no humor, na criatividade, motivação e infinitas outras funções. Para dormir relaxada e acordar bem, gosto de misturar uma gota do OE de lavanda com uma gota do capim limão e inalar por alguns minutos antes de dormir.
Te garanto: o resultado com o uso continuo dos óleos na sua vida é sobrenatural! E sim, me transformei na amiga que sempre tem um OE na bolsa, e não me arrependo.
Tem um provérbio africano que diz: ''Como é fácil derrotar pessoas que não acendem o fogo por si mesmas''. Toda vez que chego em um grupo de amigos ou colegas e começo a falar sobre os benefícios dessas terapias na minha vida, sempre trago a reflexão sobre como a gente andou se perdendo cuidando apenas da casca, do fora, do externo, do que pode ser visto e validado pelo outro, e de como é importante se reencontrar diante de um mundo que mudou tanto nesses últimos anos.
