O que é fotoestabilidade? Entenda por que você deveria se importar

A exposição à luz pode causar efeitos indesejados nos produtos

Você sabia que há ingredientes que podem ter sua capacidade comprometida se expostos à luz? Pois bem, é por isso que é bacana entender um pouquinho mais sobre fotoestabilidade, que nada mais é do que a capacidade de exposição à luz sem alterações significativas nas propriedades físico-químicas de um determinado produto.

Produtos cosméticos precisam passar por testes para determinar se são ou não sensíveis à luz, já que essa radiação pode alterar cor, odor, consistência e levar à degradação de ingredientes da fórmula, comprometendo justamente a eficácia.

Esses testes podem ser feitos da seguinte maneira, como aponta este artigo científico: “expondo o produto a uma fonte de iluminação que pode ser a luz solar captada através de vitrines especiais para esse fim ou lâmpadas que apresentam espectro de emissão semelhante ao do sol como, por exemplo, as lâmpadas de xenônio ou fontes de luz ultravioleta. Os testes devem ser conduzidos com exposição direta do produto à fonte de iluminação. Se não houver alterações inaceitáveis, os testes se encerram neste momento. Caso elas ocorram, são necessários testes adicionais de fotoestabilidade do produto”.

Crédito: Pexels

Esses testes são importantes também, porque dependendo do grau de degradação dos ativos, pode ser necessária uma nova embalagem, por exemplo, que confira mais proteção ao produto.

“Na etapa de desenvolvimento, pode ser testado se um produto é fotoinstável, o teste de estabilidade. Caso seja, o produto deve ser reformulado. Se o ativo for fotoinstável, deverá ser acomodado em embalagem que o projeta da luz”, explica Carlos Praes, responsável por pesquisa e desenvolvimento da Sallve.

Os "fotoinstáveis"

É claro que há cosméticos e dermocosméticos que levam ativos conhecidamente fotoinstáveis, como é o caso do retinol e do ácido retinoico. Nesse caso, se aplicado durante o dia, por exemplo, podem ter mais malefícios do que benefícios, como irritações na pele e a perda da eficácia prometida.

O ideal é ter atenção para não sensibilizar a pele. “Em muitos casos, se tiver potencial de fotosensibilização, a aplicação deverá ser noturna”, reafirma ainda Carlos Praes.

A Vitamina C também é um ingrediente bastante instável, como já contamos aqui no blog da Sallve.ácido l-ascórbico, forma pura da vitamina, é uma estrutura molecular que oxida facilmente, perdendo as suas propriedades incríveis, ao entrar em contato com água, luz e ar.

Mas calma lá! Não existe só a vitamina C pura. Quem acompanha o blog da Sallve já está bem informado e sabe que justamente porque a vitamina C é tão frágil e altamente solúvel em água, derivados dela foram criados para serem usados na indústria alimentícia e de cosméticos!
Um grande amigo para aliar os benefícios da vitamina C no skincare é o ascorbyl palmitate. Ficou curioso e quer saber mais? Leia o nosso post No Mundo da Vitamina C: pura e derivadas.

Tem mais: uma forma de garantir a estabilidade é justamente contar com a tecnologia. A nanotecnologia garante a estabilidade do ativo, mesmo em embalagens transparentes. O termo é novo para você? Explicamos de forma fácil e clara no post "Nanotecnologia: o que ela pode fazer por seus produtos de skincare". E para quem já está pro dentro do assunto: apostamos como lembrou na hora do nosso Antioxidante Hidratante, não é?


Tem alguma dica, dúvida ou sugestão? Fale com a Sallve. A gente adora trocar experiências!

 

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