#vivasuapele: Magá Moura e o skincare diário como um carinho

#vivasuapele: Magá Moura e o skincare diário como um carinho

Magá Moura conta sua jornada da pele: da acne na puberdade que a acompanhou até a faculdade e como ela descobriu no skincare uma forma de autocarinho e autocuidado, que a ensinou a se amar acima de tudo.

Instagram Magá Moura/ Reprodução

Conversar com Magá Moura sobre pele é delicioso demais. Foram 30 minutos em um bate-papo com ela sobre sua #jornadadapele, e o tempo todo ela parecia voltar ao mesmo ponto: o skincare como ferramenta de autocarinho e autoconhecimento. Militante orgulhosa e participante de movimentos como a Marcha do Orgulho Crespo, Magá, com seus mais de 190 mil seguidores no Instagram, dá um sentido muito mais amplo e positivo à expressão "influenciador digital".

Aqui, em uma amostra de como consegue aprofundar qualquer conversa e transformá-la em um caminho para o orgulho e a exaltação da autoestima, ela conta sua história com a sua pele.

A primeira vez que Magá se lembra de ter começado a prestar atenção em sua pele foi, como todos nós, possivelmente, com a chegada da puberdade e a acne que ela traz junto. Antes disso, sua maior preocupação era manter a pele do corpo sempre hidratada. "Quando eu era criança, minha mãe tinha muito essa preocupação de ficar passando creme no corpo, pois morávamos na Bahia e ficávamos cinza, por ter pele negra", conta. Isso até chegar o "caos da adolescência", como ela relembra a "montanha de espinhas" que foi aparecendo em seu rosto. Tranquila, porém, Magá levou a acne da puberdade numa boa, já que todo mundo a afirmava que era "apenas uma fase e ia passar". "Eu não achava legal, mas não era algo que me incomodava. Eu não me sentia feia por causa das minhas espinhas, mas também não me sentia bonita. Era aquela confusão da autoestima", brinca.

Instagram Magá Moura/ Reprodução

Magá acha que essa sua tranquilidade em lidar com as espinhas, na verdade, veio de uma época em que ela não tinha amadurecido totalmente. "Não ficava pensando que por causa das minhas espinhas os meninos não iam olhar para mim, porque eu também não tava numa de ficar olhando para os meninos". Foi só quando entrou na faculdade e ver que aos 17 anos a tal "fase" não tinha passado que Magá começou a se incomodar.

Ela chegou a conhecer uma amiga que começou a tomar Roacutan e sentir um resultado ótimo, mas ao ler todos os efeitos colaterais do medicamento, Magá chegou à conclusão de que o remédio era para casos bem mais graves do que o dela. "Foi quando eu desencanei e descobri a maquiagem", ela relembra.

Seu primeiro cosmético foi uma base bem pesada, que cobria a pele todinha. "A pele ficava bafo, linda, então não precisava ficar tomando remédio, era só passar a base pesadona, o lápis de olho... Eu sobrecarregava demais a minha pele com tudo o que descobria de maquiagem. Era muito de tudo: rímel, batom, iluminador..." O resultado? Com o passar do tempo, Magá sentiu que sua pele foi piorando. "Quanto mais eu passava a base, mais eu tinha necessidade dela. Quando lavava o rosto, me olhava no espelho e ficava apavorada: Que monstra que eu sou sem maquiagem!"

Com o tempo, ela começou a diminuir o uso de maquiagem e sentiu sua pele melhorar. Mais do que isso, ela começou a se sentir mais confortável na sua pele. Quer mais? Ela descobriu que, depois de anos acreditando que sua pele era oleosa, que na verdade ela era mista. E que pele oleosa, aliás, precisa ser hidratada também, em seu caso com hidratante em gel.

Desde então, Magá começou a conhecer muito melhor sua pele. A partir dos 30 anos, ela conta, veio a preocupação de preservar sua pele até para que ela chegue bem no futuro. "Eu chego em casa e tento evitar dormir de maquiagem, lavo o rosto de manhã, faço meu passo a passo de skincare, protetor solar... Tenho uma preocupação muito maior em cuidar da pele com o skincare do que escondendo com maquiagem. Tem dias em que a olheira está mais gritante e me dá vontade de passar corretivo e base, mas tem dias que não, e eu saio com a cara lavada. Não tenho mais essa necessidade de me esconder", ela conta.

"É autoconfiança total. Sentir-se segura, amada. Eu me amo muito, sou muito segura do meu amor próprio, então independente de estar maquiada. Se eu estiver maquiada, vou estar ainda mais linda, mas se não, vou continuar linda, sabe? Não tenho mais aquela necessidade da faculdade de, se eu não estou maquiada estou feia e isto está abalando minha autoestima e autoconfiança, e isso é perceptível para as pessoas. Se você não é uma pessoa segura, você transborda isso".

Para Magá, sua #jornadadapele foi, como para tantos de nós, uma de autoconhecimento total. É na sua pele que ela sente qualquer transformação de humor ou psicológica, sentindo reações como mais oleosidade, cravos ou espinhas como um toque que é hora de se cuidar. "Mesmo agora com muitas espinhas, estou tão plena que minha pele parece que está falando: 'Estamos maravilhosas. Tamo junto, você tá linda, eu to linda também".

É por isso que gosto de olhar para a minha pele sem maquiagem, sem nada, com um espelho daqueles de zoom de hotel. Eu coloco e fico olhando cada poro, conversando com a minha pele. É de momentos também. Quando estava triste, sofrendo, minha pele ficou um caos".

E quando sua pele se rebela (sim, ela tem bastante espinha até hoje, quando dorme de maquiagem, quando o ciclo menstrual vai se aproximando, entre outros)? "Eu noto muito falta de água. Quando minha pele dá esses gritos e sai de controle, eu na hora me pergunto se estou bebendo água, e na maioria das vezes não estou. Sinto muita diferença. Para a pele, beber muita água é essencial. Eu nem sou muito a pessoa da água, mas quando me lembro, bebo sem parar. Sinto que estou me auto cuidando até além da pele, mas do organismo também. Não dá para ficar só tomando cerveja!", diz Magá, estourando em uma gargalhada que é impossível não me fazer rir junto.

"Todo esse processo de fazer uma máscara, um peeling, de cuidar da minha pele, me deixa muito feliz. Eu me sinto muito cuidada por mim, parece que estou me abraçando. Todos os dias quando estou cuidando de mim, é um autocuidado, e isso é muito bom, de corpo e de mente. Se cuidar é muito gostoso", finaliza, com a propriedade de quem se conhece de dentro para fora, de fora para dentro, e que aprende com cada passo dessa jornada - os de viço incrível e pele de cinema, e daqueles dias de espinhas e cravos também.

Fotos: Instagram Magá Moura / @magavilhas 

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