O suor nem sempre é bem falado. Pelo contrário, é um tema bastante sensível para algumas pessoas. Muitos reclamam dele e procuram tratamentos para não transpirar mais nas axilas, por exemplo, ou nas mãos. Vale ressaltar que, de fato, algumas pessoas “suam demais” (é a hiperidrose), e isso pode ser uma condição médica, por isso a importância de sempre procurar um especialista.
Mas, primeiro, você já parou para pensar no motivo da gente suar? Ou então, quais os benefícios do suor para o nosso corpo? Que não suar pode ser um problema também? E as dúvidas e mitos, então? São muitas! Você já deve ter ouvido que suar deixa a pele oleosa, causa acne, tira a hidratação da pele...e por aí vai! Por isso, hoje é dia de falar de suor.
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Suor e a pele do corpo
Já te contamos aqui algumas particularidades da nossa pele, como as camadas e as diferenças dela pelo corpo, mas para falar sobre suor é preciso relembrar que a pele do corpo é rica em vasos sanguíneos, nervos, folículos capilares e glândulas. Para esse papo que vamos ter aqui, é bacana falar sobre duas glândulas:
- Sebáceas: responsáveis pela liberação de sebo e não estão espalhadas por todas as regiões do corpo.
- Sudoríparas: liberam o suor através dos poros para a superfície da pele. Aqui, elas são divididas entre écrinas (encontradas no corpo todo) e apócrinas (encontradas apenas nas axilas, área genital e área peitoral).
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E aí você já deve ter notado um ponto: o suor não é o mesmo em todos os lugares do corpo. Quem explica é a Dra. Aline Iglesias Gonzalez, dermatologista da Clínica da Dra. Adriana Cairo: “As glândulas sudoríparas écrinas são responsáveis pela termorregulação, com o resfriamento resultante da evaporação do suor, e estão localizadas por todo o corpo, mas são encontradas em maior quantidade nas palmas das mãos, plantas dos pés, axilas. Já as glândulas sudoríparas apócrinas, estão presentes apenas em locais que possuem pilificação, ou seja, onde encontramos pelos.”
Para que serve o suor?
A sudorese auxilia no processo de termorregulação, que nada mais é do que o controle da temperatura corporal, assim como na hidratação da pele e no equilíbrio de fluídos e eletrólitos. O suor é formado principalmente por água, eletrólitos, sais minerais e aminoácidos. Além de regular a temperatura, ele também é responsável por eliminar algumas toxinas do nosso corpo.
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“A sudorese tem como principal objetivo o controle da temperatura corporal, assim como o equilíbrio de fluídos e eletrólitos. Sua quantificação é extremamente variável de indivíduo para indivíduo, assim como idade e etnia, além de ser influenciada por fatores endógenos (que tem origem no interior do organismo) e exógenos (quem tem origem no exterior do organismo”, diz a dermatologista.
Térmica x emocional
Dra. Aline faz uma outra diferenciação dos tipos de suor - entre sudorese térmica e emocional. Elas são controladas por diferentes regiões do cérebro: “A sudorese térmica é controlada pelo hipotálamo, por meio do centro termossensível, enquanto a emocional é regulada pelo córtex cerebral”, afirma. O suor emocional é uma reação do corpo a um estímulo emocional, como alegria, medo, ansiedade. Surge principalmente no rosto, mãos, pés e axilas.
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Já a sudorese térmica tem a ver com controlar a temperatura do seu corpo. Por exemplo, quando você se exercita e seu corpo fica quente demais, você sua mais. A evaporação do suor pela sua pele ajuda seu corpo a ficar com a temperatura equilibrada novamente.
Transpiração é sempre sinal de mau cheiro?
Talvez você queira saber por que o suor cheira mal. Aqui cai um mito: não é o suor que cheira mal. E tem uma variação desse mito: que os pelos em contato com o suor é que causam o mau cheiro. Também não tem nada a ver com isso! “O cheiro está relacionado à decomposição do suor por bactérias encontradas na pele”, explica a Dra Aline.
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A especialista alerta que há casos de bromidrose, que é quando o odor é muito intenso em partes quentes do corpo, como axilas, virilha e pés. Surge em pessoas a partir da adolescência, mas também pode ocorrer na idade adulta. O cheiro pode ser controlado com tratamento adequado, por isso é importante procurar um especialista.
O que acontece se não suamos?
A Dra. Aline Iglesias Gonzalez explica, por outro lado, que não suar é um problema. O quadro é chamado de anidrose, incapacidade total ou parcial de produzir ou eliminar suor. “Além de serem intolerantes ao calor, também são recomendados tratamentos adequados para a pele, pois a falta de secreção sudorípara diminui a quantidade de água na camada córnea, prejudicando assim a hidratação cutânea.
Quando saber que o suor está excessivo?
Se não suar é um problema, suar demais também é um ponto de atenção. O quadro é conhecido como hiperidrose, que a condição em que uma pessoa sua excessivamente, até mesmo em repouso.
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A Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta que: “a sudorese é uma condição normal do nosso corpo e ajuda a manter a temperatura. É normal suar quando se está calor, durante a prática de atividades físicas ou em certas situações específicas, como momentos de raiva, nervosismo ou medo. Porém, a sudorese excessiva ocorre mesmo sem a presença de qualquer desses fatores.”
Pessoas que tem hiperidrose tem as glândulas sudoríparas dos pacientes são “hiperfuncionantes”. Pode acontecer por fatores emocionais, hereditários ou como consequência de outras doenças.
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E quando saber que o seu suor é excessivo? “A partir do momento que causar algum incômodo ou constrangimento, afetando o seu dia a dia ou relacionamento interpessoal. Aqueles que também sentirem desconforto por excesso de suor, nas mãos e nas axilas, também devem procurar atendimento para início de tratamento”, aconselha a Dra. Aline.
Suor deixa a pele mais oleosa?
Dra Aline responde: “A oleosidade da pele está relacionada com a glândula sebácea, que possui funções diferentes da glândula sudorípara. Porém, como dito anteriormente, possuímos dois tipos de glândulas sudoríparas: écrinas e as apócrinas, essa última contém em sua secreção moléculas de ácidos graxos, esqualeno e colesterol, que podem levar a pele a ter um aspecto mais oleoso quando não higienizada após uma atividade física intensa, por exemplo.”
Suor causa acne?
Não é bem assim. O suor em si não causa acne. “Existe um tipo de dermatose que está relacionada com a inflamação das glândulas sudoríparas apócrinas, porém não relacionada ao suor propriamente dito, é a hidradenite. A hidradenite pode ocorrer na região das axilas, mamas, genitais, região inguinal e perianal”, explica a Dra. Aline.
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Aqui vale também aquela dica dada sobre suor e pele oleosa. Se após um momento de suor intenso, como após prática de exercício físico, você não fizer a higiene da pele, isso pode acabar causando o entupimento de poros e levando a acne.
Suar muito anula o efeito da hidratação
É mito! A sudorese intensa não anula o efeito do hidratante. Inclusive, a Dra. Roberta Padovan, médica pós-graduada em dermatologia, avisa: “Pelo contrário, pois o suor é rico em sais minerais, acaba sendo um bom hidratante.”
A Dra. Patrícia Mafra ainda alerta para uma confusão comum: “não é a pele que fica desidratada com a transpiração, mas sim o indivíduo, que pode ficar (desidratada) quando a sudorese for intensa e consequentemente causa perda de água.”
Suor pode causar assaduras?
Sim, o suor excessivo pode predispor assaduras e infecções fúngicas em locais de dobras e atrito.
É possível diminuir a transpiração? Quando isso é recomendado?
Existem várias formas de tratamento a depender de cada caso. Entre os tratamentos mais conhecidos estão o com versões potentes de antitranspirantes, medicamentos, iontoforese e, claro, a conhecida toxina botulínica. “É Importante conversar com o seu médico dermatologista para decidir qual o melhor tratamento”, finaliza a Dra. Aline Iglesias Gonzalez.
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E aí: que tal inserir o Hidratante Antiatrito na sua jornada da pele?
Vale lembrar! Procurar um dermatologista é sempre a opção mais correta e saudável para sua pele!
Artigos e referências usados nesse texto
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