Se você adora acompanhar tendências de skincare no TikTok, talvez já tenha esbarrado no skin flooding (em tradução livre, inundação da pele). Como o nome já anuncia, tem muito a ver com manter uma rotina que priorize a hidratação, o que pode ser muito interessante principalmente no inverno.
Para entender melhor os benefícios da técnica, conversamos com a Dra. Fernanda Porphirio, da Clinica Vanité (SP). “Essa técnica adiciona passos para manter a hidratação da pele ou melhorar o ressecamento já instalado, se for o caso. Ela faz sentido se você apresenta uma pele ressecada ou desidratada”, aponta a dermatologista.
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O que é o skin flooding?
Resumidamente, o skin flooding é um tratamento que promove uma hidratação intensa para a pele. Consiste em combinar camadas de produtos hidratantes. Na verdade, não é nova e é muito usada por dermatologistas para reter a hidratação da pele, misturando umectantes e emolientes.
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“Os hidratantes possuem diferentes tipos de ação, por isso, combinar mais de um deles pode agregar na hidratação. Alguns hidratantes vão barrar a perda de água pela superfície da pele, outros vão conseguir adicionar água para o interior das células, por exemplo”, indica a Dra. Fernanda.
Aqui no blog a gente já falou sobre ativos umectantes e emolientes e o quanto associar os dois é muito bacana – como acontece no nosso Hidratante Reparador - mas não custa nada relembrar.
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Umectantes são agentes hidrofílicos, ou seja, têm uma afinidade por água. Sua função é reter a hidratação da pele, mas o mecanismo é diferente: umectantes retém essa hidratação natural da pele atraindo moléculas de água para a superfície da camada córnea. Esse processo ajuda a compensar níveis reduzidos de agentes naturais de hidratação - os umectantes naturais chamados de NMF. Entre os umectantes, por exemplo, temos o ácido hialurônico.
Já emolientes são óleos vegetais, ácidos graxos (ômega 6 e 3) ou lipídios de consistência fluida que formam uma camada protetora sobre a pele. Quer exemplos? As ceramidas, óleos e manteigas, como a de karité. Essa camada que os emolientes formam previne que a sua pele perca água, mantendo a umidade no interior das células córneas e ainda assegurando o nível adequado de umidade no estrato córneo.
Como fazer o skin flooding?
O skin flooding envolve passar camadas de sérum com umectantes, seguidas de cremes/óleos com emolientes para "inundar" a pele com ativos hidratantes, misturando emolientes e umectantes. O resultado? Uma barreira cutânea protegida, uma pele mais firme, forte e macia.
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E como fazer? Há algumas variações nas redes sociais em que algumas pessoas aplicam um tônico após limpar a pele, outras aplicam sprays de água termal entre cada passo. Mas, de forma geral, você pode seguir assim:
- Limpe a pele com um limpador facial gentil;
- Não seque o rosto completamente e mantenha-o levemente úmido: já contamos por aqui, mas aplicar sobre a pele levemente úmida deixa a pele mais receptiva para receber a hidratação. Se quiser, aplique uma bruma hidratante ou água termal;
- Aplique um sérum ou gel com um umectante, como o famoso ácido hialurônico.
- Termine com um produto com emolientes na fórmula, como manteigas e óleos.
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Todo mundo pode fazer essa rotina?
A Dra. Fernanda Porphirio diz que todos podem se beneficiar, mas a rotina é mais indicada para pessoas que tem tendência a desidratação da pele, como quem tem pele seca. Ou então para quem está sofrendo com os efeitos do ressecamento causado pelo inverno.
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“Pode ser benéfico porque no inverno a pele sofre mais com o ressecamento, então, essa técnica vai aumentar a capacidade de hidratação dos tecidos e diminuir a desidratação através da diminuição da perda hídrica”, conta a dermatologista.
E as peles oleosas? A médica indica que, para pacientes com tendência a acne ou pele oleosa/mista, o skin flooding seja feito de forma menos frequente – apenas 1x por semana, por exemplo. Mas que o ideal é sempre consultar o seu dermatologista para que ele possa ajudar nessa adaptação de rotina.
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“Pode gerar acne se for realizado em pacientes que já tem uma tendência a acne e oleosidade, dependendo dos produtos utilizados, que podem acabar gerando uma obstrução dos poros”, completa a médica.
Melhor fazer de dia ou e noite?
Você pode escolher o que é mais confortável para você, se é na rotina diurna ou noturna. Lembre-se: se for fazer durante o dia, encerre a rotina com um protetor solar.
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“Vai depender da percepção sensorial de cada pessoa. Algumas gostam de sentir a pele com uma textura mais mate, outras já gostam de senti-la com uma textura mais cremosa. Em geral, óleos e cremes podem ser mais bem tolerados na rotina noturna”, explica a Dra. Fernanda
Slugging x skin flooding
Muita gente confunde slugging e skin flooding, duas técnicas que ganharam muita popularidade no TikTok.
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O slugging propõe terminar a rotina de cuidados noturna com um emoliente oclusivo. Em geral, a técnica é feita aplicando uma camada de vaselina como último passo da sua rotina de cuidados noturna, garantindo uma pele mais hidratada, viçosa e com barreira cutânea íntegra.
Nessa rotina, você limpa o rosto, segue sua rotina de cuidados noturna normalmente e finaliza com o vaselina ou um produto que tenha emolientes na fórmula.
Dá para fazer com a Sallve?
Você pode fazer skin flooding com a Sallve, sim! E é super simples:
1 - Lave o rosto com Limpador Facial, Limpador Antiacne ou Limpador Enzimático
2 – Com o rosto levemente úmido, aplique o Hidratante Firmador, que tem 8 tipos e 3 pesos de ácido hialurônico na fórmula
3 – Feche a rotina com o Hidratante Reparador ou com o Óleo Antioxidante, por exemplo. Inclusive, você pode até misturar algumas gotas do óleo no nosso Reparador, potencializando a hidratação e tratamento.