“Já passei da adolescência, mas minha pele está muito oleosa”. A gente aposta que não foi nem uma ou duas vezes que você ouviu isso por aí. E temos que te contar que isso é muito normal. Afinal, a pele oleosa é um tipo de pele e há períodos de maior desequilíbrio, em que ela pode ficar ainda mais oleosa que o normal.
Conheça o seu tipo de pele
É importante se atentar que seu tipo de pele é o que vai determinar como serão seus cuidados com ela ao longo de toda a sua vida: do que ela precisa às texturas e ativos que vão funcionar melhor, tudo isso depende do seu tipo de pele.
+ Cabelo oleoso e pele oleosa: existe alguma relação?
Ele, inclusive, é determinado pela genética, mas há inúmeros fatores também em jogo, como hormônios (olá, adolescência, menopausa, etc), tratamentos, envelhecimento da pele, poluição, medicamentos, exposição excessiva ao sol, entre outros.
E exatamente por tudo isso que o estado da nossa pele pode sofrer algumas mudanças ao longo da vida. A pele oleosa pode, sim, ficar mais seca com o passar dos anos, a pele seca pode ficar mais sensível ou mista com o envelhecimento, e assim vai. O estado da pele pode variar muito durante o curso da vida e é por isso que manter a ponte com seu dermatologista é importante.
A temida adolescência
Durante a adolescência, pode ser que você veja ou tenha visto um aumento na oleosidade e até o surgimento de cravos e espinhas. Tudo isso se explica com o aumento dos hormônios sexuais, que são a testosterona, progesterona e estradiol.
+ Como montar uma rotina de skincare para pele oleosa
Na adolescência, a produção desses hormônios começa a aumentar, e essa alteração em suas taxas começa a ter ação nos órgãos sexuais, causando aumento de pelos, dando início ao ciclo menstrual, atuando na libido e daí por diante.
Na pele, é fácil de entender: esses hormônios têm ligação direta com as glândulas sebáceas, então quando eles aumentam no nosso organismo, elas começam a produzir mais óleo, daí a pele mais oleosa.
Causas da oleosidade excessiva após a adolescência
Porém, a adolescência é um período da sua vida, na idade adulta a sua pele também pode sofrer com mudanças, como já te contamos antes por aqui. Se você tem pele oleosa, ou seja, tem tendência a essa oleosidade excessiva, provavelmente durante a vida você pode ter períodos de maior desequilíbrio.
+ Pele oleosa: como identificar, cuidar e quais produtos usar
“A pele oleosa caracteriza-se por uma produção excessiva de sebo, brilho excessivo, poros dilatados e uma sensação oleosa ao toque, sem necessariamente apresentar acne”, explica a Dra. Ana Maria Pellegrini.
Para que essa oleosidade aumente após a adolescência, há causas possíveis, segundo a dermatologista, sendo a primeira é claro a predisposição genética – lembra que falamos que o tipo de pele é definido geneticamente.
Além disso, podem contribuir:
- desequilíbrios hormonais, como os relacionados ao ciclo menstrual, gravidez, ou síndrome dos ovários policísticos (SOP);
- estresse, que pode aumentar a produção de hormônios que estimulam as glândulas sebáceas;
- dietas ricas em açúcares e carboidratos refinados;
- uso de produtos cosméticos inadequados ou muito agressivos, o que pode levar à produção compensatória de sebo.
É possível ter uma pele oleosa controlada?
Diante de tudo o que conversamos aqui, talvez você esteja se perguntando: é possível ter uma pele oleosa controlada, sem excesso de oleosidade.
+ Hidratante para pele oleosa: confira dicas para escolher o seu
A Dra. Ana Pellegrini afirma que sim. “É possível controlar a oleosidade da pele com uma rotina de cuidados adequada. Usar produtos específicos para pele oleosa, manter uma alimentação equilibrada, hidratar corretamente, e evitar estresse excessivo são medidas que ajudam a controlar a produção de sebo e manter a pele com um aspecto saudável e equilibrado”, finaliza.